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Região

Moradores retornam as suas casas em área com risco de deslizamento em Lindolfo Collor

26/06/2024 - 13h36min

Atualizada em 26/06/2024 - 13h46min

Após mais de um mês de interdição, a área com risco de deslizamento no Loteamento Pedras de Areia apresenta mudanças significativas. Na terça-feira, dia 25, o registro é de que moradores da Rua Quaraí já foram liberados para retornar às suas casas. No entanto, há relatos de que alguns moradores das ruas Maquiné e Mostardas, cientes do risco de deslizamento, também voltaram. Outros, temendo a perda de seus bens, decidiram sair e estão retirando os móveis para locais seguros.

O Incidente e a Interdição

No mês passado, precisamente no dia 16 de maio, durante o período de chuvas, moradores da Rua Maquiné relataram estralos vindos da encosta do morro próximo às suas casas. No mesmo dia, o coordenador da Defesa Civil, Alan Gehm, determinou a interdição da área devido ao médio e alto risco da queda de uma rocha que se deslocou na localidade. Uma análise mais detalhada, realizada uma semana depois, determinou que 12 residências deveriam permanecer em alerta de risco até a remoção da rocha.

Relatos dos Moradores

Maria Marlise dos Santos, de 67 anos, é uma das moradoras que se mudou devido ao risco. Após viver de aluguel por quatro anos no local, ela decidiu mudar-se para outra casa devido à insegurança. “Eu me mudei para outra casa faz 14 dias, tirei quase tudo da minha casa, algumas coisas continuo levando aos poucos”, disse Maria.

Ela relembra o momento de desespero ao sair de sua casa: “Quando ouvimos os estralos, os vizinhos me chamaram. Fechei a casa e corri com meu filho. Fomos juntos para o Capivarinha. Tive que sair às pressas.”

Maria ainda sente a saída de sua antiga moradia, onde vivia perto de seu filho. “Eu gostava muito daqui. Essa situação foi muito difícil para mim, passei por momentos emocionais complicados, queria passar muitos anos aqui ainda”, relata. Apesar disso, ela se adaptou à nova residência: “Estou num lugar melhor, mas tinha um grande apego a essa casa. São coisas de Deus, não temos como prever quando essas coisas podem acontecer”.

Retorno as casas

Alguns moradores decidiram sair definitivamente. No entanto, outros resolveram retornar as suas propriedades. Um deles, morador da rua Maquiné, de 46 anos, decidiu permanecer, esperando que o problema seja resolvido e que sua propriedade não corra mais risco. “Eu saí e voltei após as chuvas. Eu não quero auxílio de 500 reais, mas sim morar na minha casa. Quero que resolvam o problema. Até quando vai ficar nessa situação? Não sei como vai ficar isso, ainda não foi feito nada”, relata o morador.

Ele se inscreveu no Auxílio Aluguel, parte de uma emenda do governo que dá aos moradores em local de risco, 500 reais por mês, com a validade de seis meses. Porém, ele prefere permanecer em sua residência até o problema ser solucionado com êxito.

Parecer da Prefeitura

Conforme a Prefeitura de Lindolfo Collor, a Defesa Civil já contratou uma empresa especializada para solucionar o problema, porém, ainda aguarda tempo firme para a remoção da rocha. O prefeito Gaspar Behne salienta que apenas a Rua Quaraí foi liberada para o retorno, enquanto as ruas Mostardas e Maquiné permanecem em alerta de risco.

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