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Mulher morta com 33 facadas em Ivoti; júri será amanhã
Por Geison Concencia
O julgamento de Airton Basílio Adams Henke, acusado do assassinato brutal de Rosa Maria Vargas, acontece nesta quinta-feira (6). O crime ocorreu em agosto de 2021 e chocou a comunidade local. Rosa Maria, que tinha 53 anos, foi morta com 33 facadas dentro do carro em que estava com Airton. De acordo com as investigações, o crime foi motivado por ciúmes e pela recusa do réu em aceitar o fim do relacionamento.
O crime
O feminicídio aconteceu na Avenida Bom Jardim, próximo ao Bar do Gordo. Rosa Maria estava no banco do motorista de um Fiat Pálio Fire, enquanto Airton ocupava o banco do passageiro. Em determinado momento, ele sacou uma faca e desferiu múltiplos golpes no pescoço, peito e abdômen da vítima, que morreu no local.
Após cometer o crime, Airton fugiu, mas foi encontrado pela Guarda Civil Municipal de Estância Velha na Avenida Presidente Lucena, na Pedreira, no limite entre Ivoti e Estância Velha. Ele estava com as roupas manchadas de sangue e portava a faca usada no assassinato.
A Brigada Militar foi acionada por testemunhas que relataram ter visto uma mulher ferida dentro de um carro estacionado na via pública. Quando os policiais chegaram ao local, equipes do Corpo de Bombeiros já tentavam reanimar a vítima, sem sucesso.
Motivação e julgamento
As investigações apontaram que o crime foi cometido por motivo torpe, resultado do ciúme excessivo e da inconformidade do réu com o término do relacionamento. A brutalidade da ação, com múltiplos golpes de faca, caracteriza o uso de meio cruel.
Durante as audiências, Airton confessou o assassinato. A defesa tentou alegar insanidade mental, mas um laudo psiquiátrico descartou essa hipótese. O Ministério Público concluiu que o acusado tinha plena capacidade de entender seus atos no momento do crime.
Rosa Maria queria a separação
Natural de Lages (SC), Rosa Maria morava em uma região conhecida como “Carandiru”, em Portão, próximo ao limite com Estância Velha. Airton residia no bairro Bela Vista, em Estância Velha. O casal estava junto há nove meses, mas Rosa Maria queria o fim do relacionamento devido ao comportamento agressivo e possessivo do companheiro. Airton, no entanto, não aceitava a separação e insistia em reatar.
Réu estava afastado do trabalho por depressão
Airton trabalhava em um curtume de Ivoti, mas estava afastado pelo INSS devido a um diagnóstico de depressão, confirmado pela empresa. Familiares relataram preocupação com seu comportamento e chegaram a sugerir que ele buscasse ajuda profissional.