Região
Mulheres que inspiram: histórias de luta e conquistas
Por Geison Concencia
O dia 8 de março marca uma longa jornada de luta, combate e superação. Mas não é qualquer batalha. O inimigo é a desigualdade e a discriminação de gênero.
Essa luta ganhou da Organização das Nações Unidas uma data especial: o Dia Internacional da Mulher, oficializado em 1975. O ano representou uma ruptura com um pensamento arcaico que colocava a mulher em posição de subjugação ou inferioridade. Apesar de essa visão ser considerada ultrapassada, a luta pela igualdade de gênero ainda é uma realidade constante, o que faz do 8 de março um símbolo de atitudes e reflexões permanentes em prol da equidade de oportunidades.
Felizmente, com as transformações que ocorreram nas últimas décadas, as mulheres começaram a ocupar seu lugar de direito, exercendo profissões que antes eram predominantemente masculinas. Na polícia, por exemplo, elas estão cada vez mais presentes. É o caso da soldado Diane Carine Korte, de 33 anos. Desde os 29 anos na corporação, ela relata que, no início, teve receio de trabalhar em uma profissão majoritariamente ocupada por homens, mas se surpreendeu com a receptividade e o apoio dos colegas.
“No começo, era algo que temia, pois é uma profissão ainda muito masculinizada. Há poucas referências femininas. Mas foi uma grata surpresa. Ainda existe certo preconceito por parte de algumas pessoas, mas a maioria aceita e respeita.”
“Eu amo o que faço”
Para Korte, a Brigada Militar representa a possibilidade de ajudar as pessoas fazendo o que gosta. “Quando entrei, me encontrei. Eu amo o que faço. Me vejo seguindo carreira na Brigada Militar”, comenta.
Além de ser uma referência na profissão, a soldado Korte também compartilhará sua trajetória na Brigada Militar com outras mulheres em um evento promovido pela Prefeitura de Ivoti, na próxima segunda-feira, dia 10, no CRAS de Ivoti, às 13h30.
“Mostrando dedicação, competência e profissionalismo, conquistei o respeito e a confiança dos meus pares”
Há 12 anos atuando como motorista, combatente e socorrista no Corpo de Bombeiros, Bárbara Sabine Bazzan Silveira, 34 anos, também teve que conquistar seu espaço e respeito entre alguns colegas de profissão.
Para Silveira, a aceitação da presença feminina na corporação foi um processo de muitas etapas. Inicialmente, houve certo ceticismo e resistência por parte de alguns colegas, já que a profissão sempre foi historicamente dominada por homens. No entanto, “com o tempo e mostrando dedicação, competência e profissionalismo, fui capaz de conquistar o respeito e a confiança dos meus pares”, afirma.
Desde jovem, sempre teve vontade de ajudar as pessoas e fazer a diferença na comunidade. A profissão de bombeira sempre a fascinou, pois exige coragem, dedicação e um desejo profundo de proteger e salvar vidas. “Decidi entrar para a corporação porque queria fazer parte dessa missão nobre e significativa, onde cada dia é uma oportunidade de fazer o bem e salvar vidas. Saber que posso contribuir para a segurança e o bem-estar das pessoas ao meu redor é o que me motiva e dá sentido à minha escolha.”
Segundo Silveira, a carreira na corporação representa a essência da bondade e da coragem, um chamado para proteger vidas e a integridade da comunidade, enfrentando situações de emergência com calma e eficiência. “A profissão me inspira diariamente a ser uma pessoa melhor, a valorizar a resiliência e a importância de ajudar o próximo em momentos de necessidade.”
FOTO: Geison Concencia
