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Noite de pavor: Porto Alegre teve temporal violento

17/01/2024 - 07h05min

Atualizada em 17/01/2024 - 07h07min

Temporal teve tempestade com vento acima de 100 km/h e metade da média de chuva do mês em apenas uma hora

Por Mauri M.T.Dandel – Com conteúdo MetSul

Um temporal violento em Porto Alegre na noite de terça causou estragos, derrubou grande número de árvores e deixou grande parte da cidade sem luz.

Foi uma das tempestades mais fortes que atingiu a cidade na história recente com chuva excessiva em curto período, granizo e um intenso vendaval. O Aeroporto Salgado Filho registrou vento de 89 km/h, mesma velocidade observada no Jardim Botânico.

Estações particulares de clubes náuticos no Sul da capital anotaram quase 120 km/h. Canoas, na base aérea, teve vento de 107 km/h. Velocidades de vento medidas no aeroporto ou na base em Canoas são por anemômetros em campo aberto.

Dentro da cidade, por relevo e/ou construções, o vento acelera e sopra mais forte, sobretudo em andares altos de prédios. Assim, por certo, rajadas tão fortes quanto 110 km/h a 130 km/h ocorreram. A chuva, que veio acompanhada de muitos raios e granizo em diversos bairros, foi extrema como o vento em Porto Alegre.

Somente em uma hora, durante o temporal, a chuva que foi torrencial acumulou 60 mm a 70 mm em diferentes pontos da cidade. Ou seja, em apenas 60 minutos choveu a metade da média histórica de precipitação de janeiro inteiro na cidade que é de 120,7 mm. A severidade do temporal em Porto Alegre foi uma das maiores da história recente da capital, com semelhanças com os episódios de tempo severo de outubro de 2015 e janeiro de 2016, anos de forte El Niño como agora.

Por três dias, a MetSul Meteorologia alertava para um cenário meteorológico complexo e pouco comum no verão que poderia trazer condições perigosas de tempo severo. Um área de baixa pressão em níveis médios e altos da atmosfera (“baixa fria”) avançou durante a terça do Chile para o Oeste e o Centro da Argentina, rumando depois para o Uruguai.

Ao mesmo tempo, uma intensa corrente de vento avançava pelo Norte da Argentina até o Uruguai e o Rio Grande do Sul com ar muito quente que forneceu energia para instabilizar a atmosfera acentuadamente ao encontrar a “baixa fria”, gerando chuva intensa a excessiva com temporais fortes a severos de vento e granizo.

Fonte: MetSul.

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