Nova ponte do Rio Caí deve ser construída em meio ano

Ministro Renan Filho explicou que a estrutura não terá pilar central para evitar a pressão da água

GIAN WAGNER BAUM

Nova Petrópolis/Caxias do Sul – A construção da nova ponte sobre o Rio Caí, no quilômetro 174 da BR-116, tem o prazo de seis meses para ser construída. A informação é do ministro dos Transportes, Renan Filho, dada em uma entrevista à GloboNews na semana passada. Além disso, a nova ponte terá uma mudança fundamental em sua estrutura e não terá o pilar central. O objetivo é evitar que a água e os entulhos façam pressão excessiva sobre a nova estrutura. A ponte atual, com mais de 80 anos, foi danificada pela força da água durante as chuvas que causaram as enchentes pelo Estado. A ponte atual teve um rebaixamento do tabuleiro após danos no pilar central e, conforme avaliação de engenheiros do DNIT, o suporte pode ceder a qualquer momento, derrubando a travessia. Por conta disso, o trânsito está interrompido inclusive para pedestres. Segundo o ministro, a altura da ponte não deve ser modificada, já que a água não alcançou a pista. “O que vamos fazer agora é tirar os pilares do centro do rio. Hoje conseguimos fazer pontes com vãos maiores. Antigamente, as pontes precisavam ter vários pilares dentro do rio porque não havia tecnologia para fazer pontes em balanço (balanço sucessivo, uma técnica de construção)”, explica Renan.

PONTE SERÁ DEMOLIDA – O ministro também afirmou que a ponte será demolida para a reconstrução da nova e que a intenção é iniciar o trabalho já no começo de junho. Os trâmites para a contratação emergencial da obra já estão em andamento. O objetivo é ter a travessia concluída em cerca de seis meses. Enquanto isso, já há mobilização para implantação da ponte metálica, nas proximidades, que permitirá cruzar o rio durante a obra. A estrutura será do modelo Logistical Support Bridge (LSB), formada por módulos metálicos. O Dnit possui peças do tipo capazes de superar vãos de 60 metros de extensão. “Estamos fazendo um trabalho de enrocamento (conjunto de grandes pedras ou blocos de concreto disposto na água ou em terrenos encharcados, sobrepostos uns aos outros até atingirem a superfície) para fazer uma cabeceira para instalar a ponte provisória”, explica.