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Região

Felipe Kuhn Braun e Sandro Blume lançam livro sobre a histórias de São Leopoldo e as emancipações

16/09/2023 - 15h00min

Região – Na obra com 352 páginas, Braun e Blume escrevem sobre os indígenas que habitaram a região, a primeira sesmaria reconhecida em 1755, registrando a data da primeira ocupação de terras por
parte dos europeus: 1741.

Os escritores destacam a história da Feitoria do Linho
Cânhamo a partir de 1788, empreendimento que foi a falência, fazenda na qual viviam
os trabalhadores africanos (escravizados pelos portugueses), cuja Casa da Feitoria,
serviu de abrigo para os primeiros imigrantes de origens germânicas.
Braun e Blume descrevem sobre as primeiras administrações leopoldenses após
a emancipação de 1846, as lideranças políticas de origens luso e germânica e o
desenvolvimento das localidades que pertenceram a São Leopoldo como distritos e
povoados. A fundação das comunidades religiosas e das instituições de ensino: Escola
Rio Branco (1826), Colégio São José (1870), Ginásio Conceição (1869), Colégio São
Luis (1902), Colégio Cristo Rei (1913), a Escola Superior de Teologia da IECLB
(1946), entre outras.

Nestas histórias Felipe e Sandro também registram as sociedades recreativas
criadas na cidade e nos seus distritos, destacando aquelas localizadas no atual solo
leopoldense: Sociedade Orpheu (1858), Concórdia (1874), Atiradores (1883), Sociedade
de Ginástica Leopoldense (1885), Eintracht im Wilhelmlust (1896), entre elas.

Na obra os autores também destacam a vocação de São Leopoldo para o
comércio e para a indústria e publicam um interessante relatório de 1924, sobre
empresas leopoldenses nos mais variados ramos: brinquedos e objetos de lata, farinha
de mandioca, máquinas de costura e bordados, produtos químicos, fiação, sabão em pó,
sandálias, tijolos e telhas, licores e vinagres, enfeites para caixão, tecidos de seda,
escovas e pincéis, bebidas alcoólicas e não alcoólicas, massas e macarrão, licores e
vinho, biscoites e caramelos, entre outras.

Os escritores também destacam a história da medicina na cidade e nas suas
“picadas”, povoados próximos e mais interioranos, destacando a história de Carlos Godofredo von
Ende, João Daniel Hillebrand, George Naaman, Frederico João e Percy Wolffenbüttel,
Antônio Pires, Manoel Marques Porto, Osório A. Mello, Roberto Dietzmann, bem
como, Karl Wilhelm e Günther Schinke, Arnaldo Luiz Hoffmann, Paulo Doppelmann,
Huberto Müller, Theodoro A. Reich, Jorge von Prusinger e Luiz Wetter.

Os autores proporcionam recortes cotidianos da trajetória político-
administrativa de São Leopoldo nesses 199 anos de história. As narrativas perpassam a chegada dos imigrantes, a elevação da localidade à capela curada, a criação da Vila e, num segundo momento, a aquisição da condição de cidade. Nessa jornada de 199 anos de histórias, ao ultrapassar a metade do século XX e chegar ao período das emancipações político-administrativas, os autores mostram que tal contexto impactou na formatação atual do mapa geográfico do município de São Leopoldo. Igualmente dentro desse recorte temporal adotado pelos autores verificam-se constantes
alterações sócio-econômicas e demográficas que representaram também novos formatos no modo de pensar da população urbana, mas significativamente de uma elite dirigente, que estava adotando padrões diferenciados de cultura e de civilidade. A ideia de civilização estava intrinsecamente ligada
ao mundo europeu. Para atingir determinado grau de civilização, seria necessário disciplinar a cidade e sua população. Nesse contexto onde normas estavam sendo criadas e adaptadas, os autores contemplaram o Códigos de Posturas Municipais, um dos instrumentos que tinha por objetivo estabelecer nova ordem de convívio social, normatizando práticas individuais e coletivas, públicas e privadas.

No final desta obra, os escritores Felipe Kuhn Braun e Sandro Blume, publicam fotografias antigas, nomes e datas, de imigrantes pioneiros e seus descendentes que residiam na antiga área territorial de São Leopoldo até o ano de 1927. Nesta parte final, estão registrados os nomes das localidades de origem destes imigrantes na Europa, bem como, os distritos e povoados onde eles viviam (dentro da cidade de São Leopoldo. Encontrarão informações sobre seus ancestrais os integrantes das famílias: Ebling, Schlabrendorff, Hohendorff, Hofmann, Blauth, Hess, Fries, Berlitz, Kieling, Krämer, Steigleder, Santos, Bayer, Moraes, Cornelius, Flasche, Schmidt, Harz, Spohr, Schmitt, Alles, Herrmann, Heineck, Roehe, Schäffer, Poschtetzky, Wendling, Feiten, Keiber, Rech, Huhnfleisch, Korndörfer, Dietrich, Lamb, Sänger, Rossi, Sperb, Blauth, Becker, Bauermann, Dietrich, Mattes, Berghan, Wolf, Leuck, Ludwig, Petry, Scherer, Adams, Lanzer, Blos, Prass, Clos, Kroeff, Enck, Ellwanger, Müller, Hoffmeister, Maurer, Boll, Seger, Fehse, Schneider, Bier, Collet, Hauschild, Jaeger, Fleck, Mattje, Koch, Hexsel, Hennemann, Treis, Martins, Santos, Kern, Vier, Diefenbach, Kunz, Engel, Kroeff, Klein, Rothfuchs, Krug, Petry, Weinmann, Dienstmann, Braun, Jung, Poschetzky.

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