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Perfil de DNA revela que médico estava dirigindo Mercedes que matou motociclista no feriado de Sexta-Feira Santa em Estância Velha

13/08/2025 - 16h38min

Atualizada em 13/08/2025 - 16h39min

Colisão incêndiou a motocicleta de Karine (FOTO: Geison Concencia / Arte e montagem: Érick Maia)

Por Geison Concencia

Estância Velha – O inquérito policial que investigava a morte da motociclista Karine Friedrich, ocorrido em 18 de abril, revelou que o médico Dênis Pereira da Cruz estaria no volante da Mercedes Benz modelo GLA250 branca, que invadiu a pista contrária na BR-116, na curva da morte, e acertou a motociclista, que vinha no sentido contrário, no dia 18 de abril.

No dia do acidente, a companheira do médico, Liliane da Souza Lima, mentiu que estava no volante do veículo. Além disso, ela chegou a insinuar à reportagem do Diário que a culpa foi da motociclista. O intuito dos dois era evitar a prisão em flagrante de seu esposo, que já contava com antecedentes por crimes de trânsito. Além disso, ambos se recusaram a fazer o teste do bafômetro.

No curso das investigações da Polícia Civil de Estância Velha, que assumiu o caso, havia fortes indícios de que, na verdade, quem dirigia o veículo era Dênis. Para checar quem estava de fato no volante, a DP providenciou exames de DNA, que comprovou que, no airbag do motorista, havia o perfil genético de um indivíduo do sexo masculino, idêntico ao perfil genético obtido em diversos objetos apreendidos na casa do médico, já que este, recusou-se a fornecer amostras biológicas para confronto (comparação).

Diante das provas e elementos de informação colhidos, Dênis foi indiciado por homicídio com dolo eventual; omissão de socorro; dirigir sob influência de álcool ou substância entorpecente; dirigir com violação da suspensão ou cassação da CNH; fraude processual no trânsito; e porte de munição de uso permitido. Já sua esposa, a enfermeira Liliane foi indiciada nas penas de fraude processual no trânsito – por ter ludibriado as autoridades assumindo que ela era a condutora do veículo, quando, na verdade, o condutor era seu esposo.

Na época, os dois não foram presos diante da dúvida acerca de quem estava ao volante, não havendo testemunhas para esclarecer essa circunstância, e por permanecer no local e ter supostamente prestado socorro.

 

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