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Região

Polêmica sobre pórtico da Colônia Japonesa em Ivoti se intensifica com embate entre EGR e Prefeitura

09/09/2024 - 22h01min

Atualizada em 09/09/2024 - 22h07min

Sócio-proprietário da EGR, Paulo Oliveira, acusa Prefeitura de permitir mudanças no projeto (FOTO: Geison M. Concencia)

Por Geison M. Concencia

Em sessão na Câmara de Vereadores de Ivoti realizado na noite desta segunda-feira (9), o representante da empresa EGR, Paulo Oliveira, responsável pela obra do pórtico da Colônia Japonesa, buscou esclarecer os questionamentos sobre o projeto do Tori, que desde o início de sua implantação tem sido alvo de polêmicas. A obra, que deveria representar um marco cultural importante para a cidade, tornou-se um campo de disputa entre a empresa responsável e a Prefeitura.

Oliveira afirmou que o projeto original apresentava defeitos que demandaram alterações. Segundo ele, essas mudanças foram realizadas com o consentimento da administração municipal. Contudo, a Prefeitura negou qualquer autorização para modificações, especialmente em relação à qualidade do material utilizado na construção. A divergência central reside na escolha da madeira para o pórtico.

De acordo com o Executivo municipal, qu estava representado na sessão e fez uso da palavra, o projeto inicial determinava claramente que o pórtico deveria ser construído com madeira nobre, sem exceções. A Prefeitura alega que esse detalhe era imprescindível para a autenticidade e durabilidade do Tori, um símbolo tradicional da cultura japonesa. No entanto, a EGR, por meio de seu representante, argumenta que o projeto não especificava de forma clara a origem ou a qualidade da madeira, o que gerou interpretações divergentes.

Durante sua fala, Oliveira reiterou que as mudanças na obra foram realizadas com o conhecimento e consentimento da Prefeitura, visando adequar o orçamento disponível. Ele explicou que a opção pelo uso de madeira de pinus, considerada de qualidade inferior, foi uma decisão baseada na viabilidade econômica do projeto.

Contudo, a versão de Oliveira foi contestada pelos representantes da Prefeitura. Durante suas declarações, alguns membros do Executivo, que estavam na plateia, deixaram o local. O gesto reforçou o tom de conflito que permeia o debate sobre a obra, além de ter desagradado o presidente da Câmara, Volnei Gross, que criticou atitude.

O impasse sobre a construção do pórtico da Colônia Japonesa agora se intensifica, com a comunidade local e os vereadores buscando esclarecimentos sobre o que realmente ocorreu. O destino da obra ainda é incerto, e a polêmica sobre a qualidade da madeira utilizada levanta dúvidas sobre a responsabilidade na gestão do projeto.

A questão que permanece é quem tem razão nesse embate. A resposta pode vir à tona nos próximos desdobramentos, à medida que novos documentos e testemunhos sejam apresentados à Câmara e à população. Enquanto isso, o pórtico, que deveria ser um símbolo de celebração da cultura japonesa, continua como foco de disputa entre os envolvidos. Mais detalhes da edição impressa do jornal O Diário desta quarta-feira.

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