Região
Psicólogo que deu cotovelada em Ester é concursado na Prefeitura de Ivoti
Nilton diz que não lembra de esbarrar na prefeita e também não conhecia ela
São José do Hortêncio – O morador que agrediu a prefeita Ester Dill Koch num evento no dia 7 de setembro é o psicólogo Nilton Velasques Filho, que já trabalhou como servidor do Município e trabalha na Prefeitura de Ivoti desde 5 de outubro 2018. Ele demonstrou indignação após a demissão da esposa do quadro de servidores da saúde de Hortêncio, e deu uma cotovelada na prefeita diante de várias pessoas.
RELEMBRE
A prefeita Ester Dill Koch estava junto ao público que assistia a uma inauguração de uma fruteira no sábado, dia 7 de Setembro, por volta das 10 horas, na Av. Mathias Steffens, quando foi agredida com o cotovelo por um morador. Ele é marido de uma ex-secretária de Saúde, que foi exonerada por não cumprir com as suas atribuições. A mulher dele ficou pouco mais de dois meses no cargo.
No dia do fato a Brigada Militar elaborou um Termo Circunstanciado (TC), que foi encaminhado à Justiça de São Sebastião do Caí. Sabe-se de ameaças anteriores desse cidadão, contra a ex-secretária da Saúde Verônica Koch, que se descompatibilizou para concorrer a vereadora, e contra a atual secretária da saúde, Scheila Schons Hendges. Foi feito um Boletim de Ocorrência (B.O) por Verônica e a atual secretária optou por não levar adiante o caso.
O QUE DIZ A PREFEITURA
O advogado da Prefeitura, Dr. Júnior Dutra, disse que a Prefeitura vai se manifestar sobre os motivos que levaram à exoneração da ex- secretária, que estava no cargo de 27 de abril a 27 de junho deste ano. Segundo ele, a pessoa física da prefeita foi afetada, e ela encaminhou a denúncia de agressão para as autoridades.
Agressor diz que esbarrão foi insignificante
Em conversa com o agressor, ele nega que teria cometido algum ato de violência contra a candidata Ester. Além disso, reforça que não lembra ao certo sobre o dia em questão em que esbarrou na candidata. “Nem lembro daquela manhã. Nem sabia quem era”.
Embora tenha afirmado que não sabia se tratar de Ester, ele sugeriu a reportagem que investigasse as pessoas que estão no poder. “Seu trabalho, o da imprensa, é investigar essas pessoas”.
Quando questionado por seu ato, Nilton comentou que é contra qualquer tipo de violência. “Não existe bem separado do mal. Isso é um moralismo da igreja cristã, eu trabalho com ciência e não com moralidades humanas contraditórias. Qualquer forma de agressão gratuita é errada. É injustificável, assim como a guerra da Faixa de Gaza, que é uma atrocidade. Sou contra qualquer tipo de violência”.
O acusado também diz que está tranquilo com relação aos últimos acontecimentos, declarando que seus advogados teriam dito que o caso não foi grave. “Não fui julgado, portanto não cometi nenhum crime. Já consultei mais de cinco advogados que me disseram que não vai dar nada. Não é crime, foi insignificante”.
“Sou complexo e inteligente”
Nilton afirma que não cometeu nenhum ato de violência, mas justifica seu comportamento como resultado de sua personalidade. “Sou uma pessoa complexa, inteligente e tenho meus problemas e meus defeitos, assim como todos”.
Vereador ligou para o CAPS
O vereador e presidente da Câmara Volnei Gross ligou para o Centro de Atendimento Psicossocial (CAPS) para saber se o psicólogo era apenas um contratado pela Prefeitura ou se ele tinha vínculo como concursado. Logo em seguida, Nilton retornou a ligação afirmando que a irmã de Gross era uma paciente do atendimento psicológico.
Volnei disse que era irmão dela e que qualquer informação a respeito dela poderia perguntar para ele. O vereador ficou indignado com a atitude do profissional e comentou que levará o assunto adiante, devendo questionar na próxima sessão da Câmara que será na segunda-feira.