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Região

RS registra 42 mortos em função da chuva

03/05/2024 - 20h52min

Atualizada em 03/05/2024 - 20h53min

A Defesa Civil do Estado confirmou a morte de 39 pessoas no Rio Grande do Sul. Mas, Bento Gonçalves, notificou mais três mortes. Além das fatalidades, mais de 60 pessoas seguem desaparecidas.

Segundo boletim da Defesa Civil divulgada na sexta-feira (3), cerca de 32,2 mil pessoas estão fora de casa em decorrência da chuva.

Em entrevista coletiva no fim da tarde desta sexta-feira, o governador Eduardo Leite garantiu que não faltarão recursos estaduais para a prestação de socorro às vítimas e para a reconstrução das cidades após o desastre ambiental que afeta o Rio Grande do Sul desde segunda-feira.

“O Estado tem suas restrições financeiras, mas não serão poupados recursos para prestar o atendimento necessário para salvar vidas e permitir a reconstrução do patrimônio público e das famílias gaúchas. Não permitiremos que os afetados sejam vítimas do desalento e da desatenção nos dias seguintes da enchente”, afirmou.

Leite revelou que o governo retomará a transferência direta de recursos para os municípios, simplificando a burocracia por meio de um sistema de transferência fundo a fundo. O mecanismo permite que as prefeituras acessem o dinheiro rapidamente para atender às necessidades mais críticas.

O governador também anunciou a continuação do programa Volta por Cima, gerido pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), que destina verbas a famílias extremamente pobres atingidas pelas inundações. Os beneficiados receberão os fundos por meio do Cartão Cidadão, utilizado na compra de diversos itens e serviços.

Salvamentos

Durante a coletiva, que contou com a presença do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, do titular do Comando Conjunto Sul da Operação Taquari 2, general Hertz do Nascimento, e do secretário nacional da Defesa Civil, Wolnei Wolff, Leite informou que mais de 8.600 pessoas foram resgatadas através de operações aéreas, marítimas e terrestres realizadas pelas forças de resposta integradas.

“Estamos buscando todos os meios, todas as formas de acessar as comunidades e salvar vidas. Muitas delas ainda estão inacessíveis. Ainda assim, o efetivo está sendo incansável. Por isso, quero agradecer o apoio de cada um dos homens e mulheres que estão cumprindo uma missão em um momento histórico, que estão à altura do que este momento exige”, disse.

Leite ainda frisou a importância de obedecer aos alertas de evacuação da Defesa Civil. A pressão das águas vem sobrecarregando os sistemas de proteção dos municípios – como o muro da Mauá, em Porto Alegre – e não se descarta uma eventual ruptura dessas estruturas, o que pode colocar mais vidas em risco.

“Tudo é feito para que as estruturas resistam, mas não há como garantir a integridade total dos sistemas. Por isso, reforçamos o pedido para que as pessoas evitem estar próximas das áreas inundadas e perto de encostas e morros que possam ter deslizamento de terra”, salientou.

Monitoramento das barragens

Segundo o chefe do Executivo, as equipes do governo seguem monitorando a situação da barragem 14 de julho, que sofreu uma ruptura parcial na quinta-feira. As forças de segurança do Estado transportaram técnicos da represa até o local para a realização da abertura de comportas, ação que diminui a pressão sobre a barragem.

Estrutura dos hospitais de campanha

De acordo com o general Hertz, o primeiro hospital de campanha será instalado no município de Estrela, no Vale do Taquari, onde foi observada uma demanda maior de atendimento médico. A montagem da estrutura será feita assim que as equipes conseguirem acessar o local. A localização de um segundo hospital de campanha ainda será definida.

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