Região

Semana de reconstrução em Lindolfo Collor

20/06/2023 - 10h44min

Lindolfo Collor – Uma das localidades mais prejudicadas foi a 48 Baixa, que, assim como os moradores da Vila Nova Esperança, perderam praticamente todos os móveis de casa. Colchão, roupas e até documentos, não puderam ser salvos, mas, descartados. Ao longo da segunda feira, equipes da Prefeitura passavam pelo local para recolher os itens perdidos pela enchente.

A Patrícia Vieira, de 39 anos, comentou que nunca presenciou uma cena como a da última semana, superando, inclusive, a enchente de 2011. Ela até pensou que a água não alcançaria sua casa, devido à experiência daquele ano, em que deu tempo para salvar os móveis. “Foi tudo muito rápido. Cerca de 40 minutos a água batia à porta. Só deu tempo de pegar meus filhos e sair de casa, rumo a um local mais seguro”, disse Patrícia.

A moradora da 48 Baixa destaca que a água chegou próximo ao telhado, em um nível jamais visto por ela, ao longo das três décadas que mora em Lindolfo Collor.

Nas proximidades da casa da Patrícia, outra moradora trabalhava na limpeza de casa. Com um lava jato, Nair Franco, aos 63 anos, tentava tirar a sujeira que a água deixou em sua área. Ela comenta que é triste o que aconteceu, mas, que a vida segue e o momento é de recomeço. Em sua residência, a água passou os dois metros e não foi possível salvar todos os seus bens patrimoniais.

SOLIDARIEDADE

Um dos pontos utilizados para assistência social do município, especialmente aos que residem na 48 Baixa, o Salão São Roque recebeu cerca de 70 pessoas para o almoço na segunda-feira. Uma família ainda permanecia alojada no local. O vereador José Seidel (Salgadinho) e a moradora Juliana Dapper estavam entre aqueles que prestavam sua solidariedade, auxiliando a comunidade. “Uma corrente humana incalculável. Tô envolvido desde sexta. O que vi de gente de bom coração e o que veio de coisas, é algo impressionante”, destaca o vereador.

Sair da versão mobile