Surto de Leptospirose atinge o Rio Grande do Sul: 13 mortes confirmadas

Após o período de enchentes, o Rio Grande do Sul enfrenta um surto de leptospirose. Na terça-feira, dia 4, a Secretaria Estadual da Saúde e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirmaram a 13ª morte pela doença. O primeiro óbito ocorreu no dia 20 de maio, envolvendo um idoso de 67 anos no município de Travesseiro. Desde então, o número de casos fatais tem aumentado gradativamente.

Além das mortes confirmadas, outros sete óbitos estão sendo investigados para determinar se foram causados pela leptospirose. Até o momento, existem 242 casos confirmados da doença em todo o estado, com um total de 3.658 casos suspeitos. Porto Alegre é a cidade com maiores números de suspeita, registrando um número superior a mil casos.

Cidades que registraram mortes pela doença: Porto Alegre (2 mortes),Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Encantado, Canoas, Cachoeirinha, Alvorada, Viamão e Novo Hamburgo.

CUIDADOS

A Leptospirose é uma infecção febril transmitida pelo contato com a urina e dejetos de animais infectados, principalmente roedores, que possuem a bactéria Leptospira. Essa bactéria penetra facilmente no organismo mediante ferimentos. Embora a doença possa ser transmitida em qualquer época do ano, o risco aumenta consideravelmente durante períodos de inundações. Para prevenir a leptospirose, os moradores das áreas afetadas devem usar calçados em locais alagados, evitar contato com roedores e lavar bem os alimentos.

Os sintomas da leptospirose aparecem geralmente entre 7 e 14 dias após a exposição e incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, vômitos e pele amarelada. O tratamento deve ser iniciado até o quinto dia dos sintomas em qualquer unidade básica de saúde.