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Polícia

Três anos depois, assassinato de Adélcio Haubert segue impune

10/11/2023 - 10h55min

Disparo fatal que matou o empresário e ex-vice-prefeito foi dado da cerca da residência, passou pela porta de vidro e atingiu Adélcio na cabeça (FOTO: Cleiton Zimer / detalhe: arquivo pessoal)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – No dia 21 de outubro completou três anos em que o empresário e ex-vice-prefeito de Santa Maria do Herval, Adélcio Haubert, foi morto com um tiro na cabeça dentro de sua própria casa.

A Polícia Civil, através da 3ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (3ª DPRM), indiciou três pessoas pelo crime no dia 6 de setembro de 2022, pouco antes de o homicídio completar dois anos.

Até agora não há denúncia formalizada contra os indiciados e ninguém foi preso. Os nomes dos supostos envolvidos são mantidos em sigilo pelas autoridades.

David Leal é advogado da família Haubert e está com o caso há cerca de um ano, junto com o advogado Roger Lopes. “A família está aguardando denúncia, para que o processo, oficialmente, tenha seguimento”, ressalta Leal. “Embora a investigação tenha sido muito criteriosa, ainda assim, a família se vê bastante aflita diante da espera da denúncia.”

O caso estava com a promotora Cristine Zottmann, de Ivoti, que recebeu uma promoção e deixou a Comarca. Agora, foi temporariamente designado para o promotor Bruno Amorim Carpes, que é de Estância Velha.

Leal diz que, na hipótese do Ministério Público não apresentar denúncia no período de seis meses, a assistência da acusação apresentará uma ação penal subsidiária da pública.

Cinco dias em coma

O crime aconteceu na noite do dia 21 de outubro de 2020, por volta das 19h30. Adélcio foi morto aos 65 anos com um disparo certeiro na cabeça enquanto estava sentado no sofá da sala, na própria residência em Boa Vista do Herval. Ao lado dele a esposa, Flávia, que também foi atingida de raspão pelo mesmo projétil que matou o marido.

Haubert foi socorrido por uma equipe do Ambulatório 12 de Maio, onde teve seus sinais vitais estabilizados e, depois, sob escolta policial, transferido para um hospital da rede particular em Novo Hamburgo.

Adélcio ficou em coma durante cinco dias. Desde o início recebeu diagnóstico irreversível e, mesmo se sobrevivesse, as sequelas que ficariam seriam graves, deixando-o em estado vegetativo.

Dias de angústia se seguiram e, na segunda-feira, 26, Adélcio morreu, sendo sepultado no dia seguinte sob forte comoção em toda a comunidade na qual trabalhou por décadas, desde a geração de empregos no Frigorífico Haubert, ao meio político.

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