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Uma vida a dois – Artêmio e Helmi Arnold: casal de Picada Café celebra seis décadas de união, companheirismo e amor

19/10/2024 - 06h41min

Picada Café – Venha cá: você se casou alguma vez? Se sim, quanto tempo durou essa união abençoada por Deus, com juras de amor eterno? Pois em Picada Café, as margens da BR-116, sob o cantar dos pássaros, se perpetua uma história infinita e que recentemente, dia 10 de outubro, celebrou seis décadas de muito amor, companheirismo e união. No auge dos seus 84 anos, Artêmio Arnold hoje vive mais em casa, com algumas dificuldades na visão. Já dona Helmi Utzig Arnold, essa sim, até carteira de motorista possui e é quem leva o casal aos afazeres da vida. Na semana passada, na véspera dos 60 anos de casado, o casal recebeu O Diário em sua residência onde contou um pouco desse vida de união, regado a muito amor, respeito, diálogo e companheirismo.

ELE DE DOIS IRMÃOS – ELA DE PICADA CAFÉ

Seu Artêmio Arnold é de uma família tradicional que na década de 50 vivia em Dois Irmãos. Já dona Helmi é natural Utzig de casa, outra família tradicional. Só que, de Picada Café. Conta o casal que se conheceu em um baile na localidade de Picada São Paulo, hoje interior de Morro Reuter. E esse dia o casal recorda até hoje. “Foi no ano de 1959 quando nos vemos a primeira vez. Como era costume, na época, as mulheres dançavam entre si e o cavalheiro vinha perto e batia palma, com o intuito de separar as duas e tirar uma delas para dançar”, frisou a aposentada feliz em ter sido a escolhida por Artêmio. Não demorou muito e o casal começou o namoro. Dona Helmi era estudante de uma escola de internato em Gramado e somente voltava para Picada Café aos finais de semana. “Daí aos domingos eu ia para Picada Café, na casa dos pais dela. Assim começou o namoro”, relembra artêmio.

CASAMENTO NA IGREJA MATRIZ DE DOIS IRMÃOS

O casal Artêmio e Helmi sabe de muitos momentos marcantes nesses 60 anos de casados. O dia do casamento, em exatos 10 de outubro de 1964, conta Artêmio, foi inesquecível. “Essa união foi celebrada na Igreja Matriz de Dois Irmãos, união essa celebrada pelo Padre Valentim Waschenfelder”, frisou.

DESSA UNIÃO: UMA FAMÍLIA UNIDA E FELIZ

A família Utzig e Arnold é daqueles tradicionais. O casal Artêmio e Helmi optou em ter dois filhos. Um deles reside em Picada Café, ao lado do pai e da mãe onde possui um café colonial (Café Colonial Rota). Já a filha reside em Novo Hamburgo. Esses, por sua vez, deram três netos ao casal, sendo duas moças e um rapaz.

“O SEGREDO ESTÁ EM CADA UM CEDER UM POUCO”

Ao longo da vida, o casal Artêmio e Helmi passou por muitos momentos a dois. Indagado qual o segredo dessas seis décadas de amor e companheirismo, Artêmio foi logo afirmando que na vida a dois o segredo está em cada um ceder um pouco. “Eu me considero uma pessoa muito feliz. Sempre que houve algum conflito de ideia a gente dialogava, cada um cedia um pouco e assim tudo passava”, brincou. Indagado se ele faria tudo novamente do mesmo jeito, ele não esconde. “Tudo do mesmo jeito”, disse. Já dona Helmi afirma que a paciência, a compreensão e o perdão sempre estiveram presentes na vida do casal. “Além do diálogo e a religiosidade. Nós, até hoje, mantemos o compromisso de ir na igreja, renovar a fé e o perdão. Com certeza são ações importantes no dia a dia que carregamos conosco”, explicou.

ÚNICA COISA QUE DIVIDIU O CASAL UM POUCO: A POLÍTICA

Quem conhece seu Artêmio Arnold sabe que muito ele fez pelo desenvolvimento de duas cidades: Nova Petrópolis e Picada Café. Quando Picada Café ainda era distrito de Nova Petrópolis, na década de 70, 80 e início de 90, ele foi vereador e vice-prefeito em Nova Petrópolis. Foi, inclusive, o vice presidente da comissão de emancipação de Picada Café e depois vereador da cidade. Indagado se a política manteve a união matinal da vida do casal, a resposta foi dividida. “É, foram muitos anos que ele estava mais na política que em casa. Mas era uma coisa que ele sempre gostava”, afirmou dona Helmi. “É, mas foi muito bom cada momento. A política nos deixava um pouco mais distantes, mas foi bom, deu para sentir saudade”, brincou Artêmio. Para finalizar a discussão, seu Artêmio lembrou que foi a pedido do sogro que ele entrou na política. “Foi o pai dela que me sugeriu entrar e acabei tomando gosto”, brincou. De acordo com o casal, de momento não haverá uma festa para celebrar os 60 anos de casado. Isso porque um familiar está enfermo e requer cuidados e atenção especial da família. Ao final da reportagem, o casal ficou na propriedade onde sentava na sombra, conversava, e escutava um sabiá na árvore. Parece que o pássaro abençoava ainda mais a vida do casal e os 60 anos de união e amor.

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