Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Um grave acidente entre um carro e caminhão resultou em vítima fatal na tarde desta segunda-feira (11) na BR-116.

A vítima é Pedro José Brandt, 71, funcionário do Jornal O Diário com 20 anos de casa – completados em setembro.

Brandt morreu no local do acidente, minutos após a colisão

Brandt dirigia seu Chevrolet Prisma Preto, emplacado em Nova Petrópolis, e seguia sentido a Dois Irmãos. Ainda não há confirmação de qual era seu destino.

Na altura do novo trevo da localidade de Picada São Paulo – na divisa com Picaca Café –, sofreu o acidente. As causas ainda são desconhecidas, mas Brandt invadiu a pista contrária e colidiu na lateral dianteira de um caminhão carregado de pedras, com placas de Parobé – e que vinha na direção oposta. O motorista ainda tentou frear e desviar, mas, o inevitável aconteceu.

Na imagem é possível ver a frente do carro destruída pela força do impacto.

Foi num piscar de olhos

O caminhoneiro disse acreditar que Brandt sofreu um mal súbito. “Eu estava olhando para frente, quando eu pisquei ele já tava na minha frente. Não deu nem tempo, tentei puxar para o lado mas não deu mais. Acho que uns dois três minutos ele ficou vivo.” O caminhoneiro, apesar do susto, não se feriu.

Uma moradora que mora do outro lado da rua relatou que escutou o estrondo e rapidamente acionaram o socorro. “Ele ainda estava se mexendo um pouco”, lembra, assustada.

Ele atingiu o caminhão frontalmente. Ao fundo, o carro de Brandt.

Preso às ferragens

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Picada Café, Wilson Valmor Koch, Brandt estava preso as ferragens. “O Samu já estava no local. A gente ainda tentou tirar ele mas infelizmente já estava com sinais incompatíveis com a vida. E o Samu verificou que realmente não tinha mais o que fazer. Infelizmente acabou indo a óbito. Estava bem preso às ferragens”, lamentou.

Trecho isolado

A ocorrência foi atendida, inicialmente, pela Brigada Militar (BM) de Morro Reuter. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) compareceu logo em seguida para registro, isolando o trecho até a chegada do Instituto Geral de Perícias (IGP). O trânsito foi liberado.

Brandt ficou preso às ferragens e foi necessário cortar o teto do carro para tirá-lo. Mas ele não resistiu

DESPEDIDA

Até a publicação desta reportagem ainda não havia informações sobre a despedida. Acompanhe as atualizações pelo site.

Diretor do Diário lamenta a morte de Brandt

Natural de Iporã do Oeste, oeste de Santa Catarina – onde ainda tem familiares, Brandt morava há muitos anos no Pinhal, em Nova Petrópolis.

O diretor do Jornal O Diário, Raul Petry, lamentou a morte. “Se tinha baile era onde ele ia, com certeza. Ele não perdia um baile de terceira idade. Fazia fotos para nós e vendia anúncios na região de Pinhal Alto, todo aquele interior. No começo era jornaleiro e cobrador. Depois passou a só cobrar e faz uns 10 anos que não entregava mais. Era funcionário desde primeiro de setembro de 2003.”

Petry lembra que, nesta tarde de segunda-feira, às 15h15, ainda esteve na sucursal do Jornal em Nova Petrópolis. “Prestou contas e foi embora. Estranhei a pressa dele.”

Atualmente Brandt estava aposentado. É muito conhecido no interior de Nova Petrópolis onde tinha sua região de cobranças e, antigamente, entregava jornais. “Todo mundo conhece ele. Morava no Pinhal, e cobria toda aquela região, até a divisa com Gramado.”

Raul lembra que ele participava do coral e grupos de teatro de Pinhal Alto. Na última eleição foi candidato a vereador e não se elegeu.

“Era conhecido como Pede, de Pedro. Nós chamávamos ele de Brandt no Diário”, lembra o diretor, consternado, desejando forças aos familiares.