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Soldados mortos em acidente na BR-116 estavam atrasados e a 140 km/h

14/08/2025 - 17h22min

Veículo ficou totalmente destruído (Foto: RBS/TV)

São Leopoldo – Em depoimento à Polícia Civil, Jailson dos Santos Gomes, 20 anos, um dos dois sobreviventes do acidente que deixou três militares mortos na BR-116 na madrugada de quarta-feira (13), afirmou que o grupo estava atrasado para uma solenidade do Exército e trafegava a cerca de 140 km/h no momento da colisão.

Segundo o delegado André Serrão, responsável pelo caso, os soldados haviam saído de Campo Bom mais tarde do que o planejado devido ao atraso de um deles. Eles seguiam para o 18º Batalhão de Infantaria de Sapucaia do Sul, onde serviam, com chegada prevista para as 4h30min. O acidente ocorreu por volta das 3h45min, quando o veículo colidiu contra a mureta central da rodovia.

O evento era a Passagem de Comando do Comando Militar do Sul, que reunia tropas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O Exército informou que, em ocasiões como essa, os militares podem optar por dormir no batalhão, mas os cinco envolvidos no acidente decidiram voltar para casa e retornar de madrugada.

Jailson declarou que nenhum dos ocupantes havia ingerido bebida alcoólica, incluindo o motorista, Eduardo Hoffmeister, 19 anos. A Polícia Civil investiga o caso como suspeita de homicídio culposo, e a causa do acidente será determinada após exames periciais.

Jailson e o outro sobrevivente, Leopoldo dos Santos Staudt, 19 anos, permanecem internados no Hospital Centenário, em São Leopoldo, conscientes e em recuperação de cirurgias realizadas ainda na quarta-feira. O depoimento de Leopoldo será colhido após sua alta médica.

Os soldados que morreram – Davi Adrian da Silva, 18 anos, Vitor Golfetto, 19, e Eduardo Hoffmeister, 19 – estão sendo velados nesta quinta-feira (14) em Campo Bom. Os sepultamentos ocorrem no Cemitério Municipal e no Cemitério Evangélico da cidade.

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