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URGENTE: promotor não irá denunciar Ronaldinho Gaúcho apesar de confissão

05/03/2020 - 23h24min

Atualizada em 10/03/2020 - 10h15min

Paraguai – O jornal ABC Color, tradicional periódico do país vizinho, informou, na noite desta quinta-feira, que Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto de Assis, não serão denunciados pelo Ministério Público do Paraguai após entrarem no país com passaportes falsos.

Para a promotoria, os ex-atletas do Grêmio, embora tenham confessado o crime, foram “enganado em sua boa fé”. Com isso, acabaram sendo beneficiados por uma brecha na legislação paraguaia que ameniza a penalização para quem confessa crimes e não registra antecedentes criminais.

Ao jornal, o promotor Frederico Delfino, informou que “o senhor Ronaldo Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho, aportou vários dados relevantes para a investigação e atendendo a isso, foram beneficiados com uma saída processual que estará a cargo do Juizado Penal de Garantias”.

Promotor do caso

Ronaldinho e seu irmão entraram no Paraguai na quarta-feira, às 09h05, em um voo comercial, pelo aeroporto internacional Silvio Petirossi. “Nessa ação, eles usaram um passaporte autêntico paraguaio, mas com conteúdo falso”, disse o promotor Federico Delfino, em entrevista coletiva realizada quinta-feira na sede da Procuradoria Geral do Estado. Nesse sentido, investiga o fato punível do uso de documentos públicos de conteúdo falso.

Ronaldo de Assis Moreira, conhecido como “Ronaldinho” e seu irmão Roberto, foram, na manhã de hoje, à Unidade Especializada Contra o Crime Organizado da Promotoria. Da mesma forma, o cidadão brasileiro identificado como Wilmondes Sousa Lira, 45 anos, que foi preso ontem à noite, após a busca policial. Lira é empresário de Ronaldinho e a quem o atleta transferiu a responsabilidade pelo crime.

Além do promotor Federico Delfino, os promotores Alicia Sapriza e Marcelo Pecci, bem como o promotor de assuntos internacionais, Manuel Doldán, participaram da audiência para ouvir o ex-jogador. A investigação conta com o apoio do Departamento Contra o Crime Organizado da Polícia Nacional.

Buscas em suíte
Após a descoberta do caso, a polícia realizou buscas, nesta quarta-feira, na suíte onde Ronaldinho está hospedado no Hotel Resort Yacht e Golf Club Paraguayo. Os agentes puderam apreender vários documentos, como carteiras de identidade. e passaportes paraguaios com os nomes de Ronaldinho e do irmão.

Diligência

O Ministério Público continuará as investigações do caso, juntamente com o grupo de procuradores formado para esse fim. As tarefas de inteligência começaram a partir do momento de alerta da Polícia Nacional. Nesse sentido, os dados foram coletados informalmente na República Federativa do Brasil, sobre Ronaldinho e Roberto, cuidando para que as informações de ambos os passaportes tivessem sido retiradas devido a problemas financeiros. No entanto, o Ministério Público obteve informações precisas de que esses documentos foram substituídos em outubro de 2019.

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