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Venezuelana suspeita de matar a filha é presa em São Leopoldo

21/08/2019 - 10h46min

Uma venezuelana de 25 anos foi presa, na tarde de terça-feira (20), em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Ela é suspeita de causar a morte da filha de dois anos e nove meses. O padrasto também foi detido, e a Polícia Civil investiga sua participação. Ambos estão presos temporariamente.

A mulher é suspeita de agredir a menina Aily e provocar as lesões que culminaram com a morte da criança. De acordo com o delegado Pablo Rocha, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, a menina foi levada ao hospital na noite de 26 de junho com diversas fraturas.

O padrasto alega, no boletim de ocorrência, que ela teria caído da escada de casa no dia anterior. Aily teria reclamado apenas de dor na barriga para a mãe e pedido para deitar. Na manhã seguinte, verificou-se que a menina estava inconsciente.

A perícia, no entanto, indicou que a criança morreu por uma infecção e choque hemorrágico. A causa foi a ruptura de vários órgãos, como estômago, intestino e bexiga, em decorrência de espancamento.

Segundo o delegado, a mulher relatou que a menina havia feito xixi na cama e, por isso, levou-a para tomar banho gelado. Além disso, bateu na criança e deixou-a de castigo durante todo o dia. À noite, ela desmaiou e foi levada para o hospital, onde foi constatada a morte.

O registro de um boletim de ocorrência e um histórico de agressões chamaram a atenção da polícia. A criança já havia sido atendida pelo Conselho Tutelar com um machucado no olho.

Ela chegou ao país com dois filhos. Do mais velho, um menino de seis anos, perdeu a guarda, e o garoto foi morar com parentes. Até mesmo por isso, a investigação foi tratada com sigilo por quase dois meses.

A venezuelana deve ser indiciada, em até 30 dias, por homicídio doloso por motivo fútil. O padrasto será investigado para averiguar sua participação, já que, segundo o delegado, há contradições nos depoimentos. Ele estaria presente em ambos os momentos, da agressão e da morte da menina, mas se omitiu de ajudá-la, o que pode colocá-lo como coautor do crime.

Fonte: G1

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