Vereador alerta para brigas em escola de Dois Irmãos

Por Cleiton Zimer

Dois Irmãos – Na sessão da Câmara de segunda-feira, 4, o vereador Nilton José Tavares (PP) abordou a questão da violência escolar que há alguns dias vem repercutindo nas redes sociais, especialmente através de vídeos circulando no WhatsApp – nos quais adolescentes estão brigando em uma escola estadual no Vale Verde. “Tivemos ultimamente, há alguns meses, vídeos de Bento Gonçalves nas redes sociais; agora, para nossa infelicidade como comunidade, de jovens, alunos da escola Afonso Wolf, brigando”, disse.

Tavares falou da possibilidade de criar parcerias entre as forças policiais, Conselho Tutelar e Ministério Público para tentar erradicar tais ações, as quais descreve como não condizentes com a reputação de escola, além de prejudicar a qualidade de vida e ensino dos demais alunos que buscam por aprendizado. “Nosso ambiente escolar é qualificado, semana passada homenageamos alunos por seu destaque, então não podemos perder essa qualidade por fatos isolados, como são”.

Alerta para as famílias

O parlamentar destacou que, antes de qualquer intervenção por parte de autoridades, as primeiras a agir de forma a inibir os episódios de violência devem ser as próprias famílias dos adolescentes. “Faço esse pedido. Se chegando e descobrindo quem são os jovens, que a família seja a primeira a pressionar seus filhos para que daqui a pouco eles não estejam envolvidos em uma criminalidade, aí será muito pior”.

Exibicionismo: grupos no WhatsApp

 O vereador, que é ex-policial militar, destaca que a onda de violência chegou ao “descalabro” de ter grupos de WhatsApp denominado Brigas Afonso. “Tem meninos, tem meninas. É um fato novo. Não sejamos, aqui, hipócritas. No nosso tempo de adolescência sempre houve brigas; a violência escolar infelizmente é uma prática, ainda mais na fase da adolescência. Mas com o advento das redes sociais, potencializa, porque tem a questão do exibicionismo”, destacou.

Tavares enfatiza que, desta forma, a violência que já era ruim, está se tornando ainda pior. “Porque hoje não basta dar soco, pontapé; hoje tem que pegar a cadeira e jogar no outro”, lamenta, pedido atenção da comunidade para que os episódios de violência não se agravem e, mais que isso, sejam cessados.