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Polícia Federal apreende mais de R$ 259 milhões em bens da Unick
São Leopoldo – A Polícia Federal divulgou a lista de bens apreendidos pela Operação Lamanai, que investiga um esquema criminoso arquitetado por pessoas ligadas a Unick Forex.
Foram apreendidos R$ 259.832.000,00 em bens. Somente em conta corrente, a polícia conseguiu bloquear R$ 200 milhões. Ainda, estão bloqueados R$ 53 milhões em criptomoedas.
Em dinheiro “vivo”, a polícia conseguiu encontrar R$ 747 mil e moeda estrangeira (dólares, euros, entre outros), mais R$ 85 mil. Também foram apreendidos 48 carros de luxo, avaliados em R$ 6 milhões.
Além disso, foram sequestrados nove imóveis em diferentes municípios gaúchos. Há imóveis sequestrados em Caxias do Sul.
Na semana passada, dia 17, a Polícia Federal desencadeou uma operação contra a Unick Forex. Cerca de 200 policiais federais cumpriram 65 mandados de busca e apreensão e dez de prisão nas cidades de Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Caxias do Sul (RS), Curitiba (PR), Bragança Paulista (SP), Palmas (TO) e Brasília (DF).
Conforme a investigação, a empresa chegou a captar, por dia, R$ 40 milhões. Os valores dos investidores eram aplicados no mercado de Foreign Exchange (FOREX), compra e venda de moedas, operações somente autorizadas às instituições financeiras oficiais.
O inquérito policial foi instaurado em janeiro deste ano e apurou que os clientes do grupo eram atraídos pela promessa de retorno na ordem de 100% sobre o valor investido, no prazo de seis meses.
A captação de recursos estava estruturada em formato conhecido como de “pirâmide financeira”, em que os novos investidores subsidiam os pagamentos de remuneração daqueles que já aplicaram recursos há mais tempo.
A organização já havia sido notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que se abstivesse de tais práticas não autorizadas, mas seguiu atuando e teve expedida uma ordem de parada de operações (stop order), que também foi ignorada. Ao longo da investigação se evidenciaram outras práticas criminosas como a aquisição de moedas virtuais para remeter ao exterior, em supostos atos de evasão de divisas, assim como crimes de lavagem de dinheiro, entre outros.