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Alerj propõe ações para combater violência nas escolas

11/05/2023 - 09h38min

Crédito de foto: Tânia Rêgo - Agência Brasil

Acompanhamento psicossocial foi uma das propostas na audiência pública

A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) promoveu uma audiência pública para discutir o problema da violência nas escolas públicas, com o tema “Violência na escola e contra a escola”. O encontro conto com a participação de especialistas em Educação, Saúde Pública e Assistência Social, além de alunos e pais de estudantes.

Um grupo de mais de 100 pesquisadores de diferentes estados, representando universidades e institutos, divulgou um documento propondo um conjunto de ações para combater a violência estrutural nas escolas. Essas ações incluem o controle da posse e circulação de armas, o enfrentamento ao bullying, a mediação de conflitos, a promoção de atividades culturais, de lazer e de valorização dos jovens, além de uma política educacional pautada no respeito à diversidade.

Suely Ferreira Deslandes, cientista social e mestre em Saúde Pública do Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), que também assinou o documento, afirmou a importância de iniciativas que promovam o respeito à diversidade no ambiente escolar e que já foram avaliações e comprovadamente fazem diferença no cotidiano das escolas.

A deputada Carla Machado (PT) defendeu mais investimentos do estado no acompanhamento psicossocial dos estudantes e mencionou seu projeto de lei para a criação do Conselho Estadual de Segurança Escolar, com foco na prevenção de todas as formas de violência nas escolas.

O deputado Munir Neto (PSD), presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Alerj, afirmou que encaminhará o documento ao governador Cláudio Castro e à secretária de Educação, Roberta Barreto. Ele destacou que um ataque a uma escola não é um fato isolado, mas parte de um sistema com falhas claras, e enfatizou que cuidar das crianças e dos adolescentes é um dever de toda a sociedade.

Durante uma audiência, a psicóloga Naura dos Santos Americano, da Sociedade de Mediação de Conflitos (Somec-RJ), teve sua experiência como mediadora de conflitos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Ela e outro profissional do TJ capacitaram mais de 300 professores para realizar a mediação de conflitos em escolas estaduais até 2018, por meio de um convênio com o governo do Estado. Naura sugeriu que essa experiência seja replicada como medida preventiva, destacando que a mediação permite ouvir diferentes vozes, abrir espaços de fala e escutar para alunos e professores, e requer continuidade e ação permanente para que todos possam se sentir pertencentes ao espaço.

Robson Atanázio, pai de Larissa Atanázio, uma das vítimas do massacre na Escola Tasso da Silveira, em 2011, pediu a inscrição de mais professores concursados, psicólogos e inspetores nas escolas, além da instalação de detectores de metais. Ele ressaltou a importância de ter psicólogos.

“Tem que ter psicólogo na escola para identificar os problemas das crianças e chamar os pais para conversar. Se tiver algum problema familiar mais sério, precisa levar para tratar na clínica da família”.

 

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