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Aniversário: produção de carvão acompanha várias gerações em Linha Nova
A atividade relacionada à produção de carvão já está na família Petry há, pelo menos, quatro gerações, e é um dos motores que contribuem para impulsionar o desenvolvimento do município e da região.
Adair Ricardo Petry (Saga), trabalha com o genro Jeferson Dias da Costa (Febre) na atividade produtiva do carvão originada da queima da acácia negra. Febre é casado com a filha mais velha de Saga. São nove hectares onde estão as árvores plantadas e instalados os 12 fornos.
A distribuição do produto é realizada por um terceirizado, que faz a entrega em Gramado e Canela. São repassados para venda duas cargas mensais de 1.250 sacos de carvão. O corte das árvores também é feito por um profissional terceirizado. Além dos sócios, trabalham nesse serviço mais duas funcionárias.
Vem de família
“O meu avó, Arthur Petry já tinha um forno de carvão, e o meu pai, José Normélio Petry, também trabalhou nesse setor. Eu comecei uma sociedade com o meu tio e padrinho, o falecido Adolar Petry, em 1995, na Capela do Rosário. Mais tarde, em 1997, comecei a trabalhar aqui na Linha Nova com o meu sogro, Irineu Lippert”, explica Saga.
O produtor chegou a trabalhar em outras empresas entre 2008 e 2012, e retornou a atividade na Linha Nova, tendo o genro Jéferson como sócio a partir de 2013. Casado com Elaite Lippert, Saga e a esposa têm duas filhas: Fernanda 30, e Michele, 23.
Derivados também são vendidos
Além da lenha, também é vendida a casca da acácia, que é repassada para a empresa Seta, de Estância Velha, e o extrato pirolenhoso, que é repassado para produtores rurais que aplicam o produto nas plantações para combate às pragas.
A rotina junto aos fornos começa pouco antes das 7 horas, e vai até por volta das 18 horas, ou até mais tarde, se for necessário. Os fornos queimam a lenha por cerca de quatro a cinco dias, e são necessários mais três dias para ocorrer o esfriamento do carvão.
“Este é um serviço pesado, mas se tu está acostumado, faz ele sem problemas. A cada dia diminui o número de pessoas que querem trabalhar na atividade, pois tem que gostar”, explica Saga. O genro concorda com a afirmação, e diz que os jovens não querem o serviço devido ao calor em torno da atividade.