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Chimarrão é símbolo de hospitalidade do gaúcho
O chimarrão, tradicional e salutar hábito do Rio Grande do Sul, é um símbolo da hospitalidade do gaúcho, que oferece sempre a qualquer visitante. Atualmente, é bebido em uma cuia onde depositamos um pouco de erva-mate já moída e de onde sorvemos o líquido (água quente sem ferver), através de uma bomba de metal. O costume de tomar chimarrão está bastante difundido, tanto no meio rural como no urbano e faz parte da vida do gaúcho desde o amanhecer até a noite, quando encerra suas tarefas do dia.
Evoca sentimento de participação coletiva
A erva-mate (Ilex paraguariensis), também chamada de mate ou congonha, é uma árvore cultivada na região subtropical da América do Sul, que quando moída é transformada em um chá de gosto amargo. A cuia é um recipiente de forma arredondada produzido a partir do cultivo e tratamento do porongo. A bomba é um objeto similar a um canudo de metal, com uma das pontas mais larga e redonda, repleta de orifícios para sucção da água quente misturada ao mate.
As rodas de chimarrão acontecem de várias maneiras: quando uma família ou grupo de amigos se reúne para matear, seja em casa, na praça da cidade ou outro local específico. O convite para chimarrear é um símbolo tão gaúcho quanto às danças e vestimentas típicas da região. Evoca um sentimento de participação coletiva. Um gesto de hospitalidade, pois é praticado até mesmo para aproximar os recém-chegados.