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Aniversário Nova Petrópolis: O reflexo do desenvolvimento pela família Neumann

14/03/2018 - 15h43min

Atualizada em 10/04/2018 - 13h27min

A marca da cerveja artesanal passou pelo crescimento de Nova Petrópolis, por volta de 1885, quando José Neumann Sênior criou a “Cerveja Colonial”. O pioneirismo é retratado pelo seu bisneto, Werno Neumann, que por 13 anos morou na Linha Imperial. Hoje, morador do centro do município, em meio seu arquivo histórico, comenta sobre os avanços econômicos da comunidade.

DIFERENTES PIONEIRISMOS

A família descendente de imigrantes da Boêmia foi participante de momentos importantes, antes mesmo da emancipação até os dias atuais. Porém, junto ao movimento para tal ato histórico, seu avô, José Otto Neumann, enquanto vereador, levou a questão da emancipação do distrito à Câmara de Vereadores de São José do Caí. Enquanto isso, no interior, folhetos eram distribuídos para explicar à comunidade sobre as pretenções de Gramado, também em 1954.
Contudo, após a colonização de Nova Petrópolis, a cervejaria da família foi criada, iniciando o processo pioneiro. “Meu bisavô, além de cervejeiro, também foi gerente da Caixa Rural de Créditos, hoje Sicredi Pioneira”, completa.

O TRABALHO E CONSUMO

A cerveja era distribuída pela comunidade a cavalo, embalada por sacos. “Na época não tinha carros, então as garrafas eram ensacadas e a entrega feita no lombo dos cavalos”, afirma Werno. Já nas festas como no Bolão, Tiro Rei e nos bailes da Sociedade, o consumo era maior. “Soube que em um desses bailes do Tiro Rei umas mil garrafas foram vendidas”, relembra.
A Cervejaria Colonial passou de pai para filho, durante até o ano de 1930 quanto encerraram os serviços. Werno nasceu cinco anos depois, em 1935. “O que sei era contado pela minha família”, ressalta.

CERVEJARIAS

Mas assim como na Linha Imperial, com a criação da cervejaria que levava o trabalho de Neumann, outras localidades iniciaram o processo de ter a sua própria. “Depois surgiram novas cervejarias, cada localidade tinha a sua. Como hoje se vê um novo movimento desse surgimento de novas cervejarias no município”, enfatiza.

Werno guarda até hoje os arquivos históricos da família e do município, assim como, a logomarca

A NOVA PETRÓPOLIS

Junto ao desenvolvimento, Werno também enaltece as fases do cooperativismo. As produções crescentes em Nova Petrópolis fomentaram o que hoje é marca local. “Trabalhei durante 56 anos na Sicredi Pioneira, também fui um dos fundadores da Cooperativa Piá. Diria que Nova Petrópolis é dividida em dois momentos de desenvolvimento econômico: o antes e o depois da Piá”, afirma.
Formado em economia, buscou conhecimento em Novo Hamburo e Porto Alegre, período que ficou afastado do município. Hoje, em casa, com seus 83 anos, rememora a construção que passou pela cervejaria de seu bisavô, o empenho de seu avô vereador, e deus seus feitos junto à comunidade. “Fui professor de contabilidade no Colégio Frederico Michaelsen, também ajudei a fundar a Igreja Católica”, lembra. Questionado se em algum momento pensou em deixar o município, com um sorriso no rosto Werno satisfatóriamente responde, “Normalmente as pessoas ficam em lugares em que se sentem realizadas, ou pela família ou pelos negócios. Nunca pensei em ir embora daqui”, conclui.

Com a logomarca da Cervejaria Colonial em mãos, a história do pioneirismo é relembrada

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