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Embrião congelado por 27 anos: como casal escolheu o bebê que quebrou recorde

04/12/2020 - 14h01min

Nem dois meses completos, Molly Gibson já quebrou um recorde — Foto: Cortesia National Embryo Donation Center

Tennessee – Molly Gibson nasceu em outubro deste ano, de um embrião que ficou congelado por… 27 anos.

Seu embrião foi congelado em outubro de 1992, e assim permaneceu até fevereiro de 2020, quando Tina e Ben Gibson, do Tennessee, a adotaram.

Acredita-se que Molly tenha estabelecido um novo recorde para o embrião congelado por mais tempo que resultou em um nascimento, quebrando um recorde estabelecido por sua irmã mais velha, Emma.

“Estamos nas nuvens”, disse Tina Gibson. “Eu ainda fico emocionada.”
“Se tivessem me perguntado há cinco anos se eu não teria apenas uma garota, mas duas, eu teria dito que era loucura”, disse ela.

A família lutou contra a infertilidade por quase cinco anos até que os pais de Tina viram uma história sobre a adoção de embriões em uma rádio de notícias local.

“Essa é a única razão pela qual compartilhamos nossa história. Se meus pais não tivessem visto isso no noticiário, não estaríamos aqui”, diz Tina, de 29 anos. “Eu sinto que devemos completar um ciclo.”

Opções demais
Tina, uma professora do ensino fundamental e seu marido, um analista de segurança cibernética de 36 anos, fizeram contato com o National Embryo Donation Center (NEDC), uma organização sem fins lucrativos cristã em Knoxville, no Estado do Tennessee, EUA.

A instituição armazena embriões congelados que pacientes de fertilização in vitro decidiram não usar e optaram por doar.

Famílias como os Gibson podem então adotar um dos embriões não utilizados e dar à luz uma criança que não é geneticamente ligada a eles. Há cerca de um milhão de embriões humanos congelados armazenados nos EUA no momento, de acordo com o NEDC.

Mark Mellinger, diretor de marketing e desenvolvimento do NEDC, diz que a experiência com infertilidade é comum entre as famílias que buscam doações de embriões.

“Eu diria que provavelmente 95% têm algum tipo de infertilidade”, diz ele. “Nos sentimos honrados e privilegiados por fazer este trabalho e ajudar casais a formarem suas famílias.”

Após a adoção do primeiro embrião, Tina deu à luz Emma em 2017, trocando as noites sem dormir que passava orando para ter crianças com as noites sem dormir da maternidade. “É o melhor tipo de cansaço e o melhor tipo de exaustão”, disse ela.

Fundado há 17 anos, o NEDC já facilitou mais de mil adoções e nascimentos de embriões, e agora realiza cerca de 200 transferências a cada ano. Semelhante a um processo de adoção tradicional, os casais podem decidir se desejam uma adoção de embrião “fechada” ou “aberta” — permitindo alguma forma de contato com a família doadora.

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