Colunistas
Algo está muito errado no município de Ivoti
O prefeito Martin se queixa da falta de dinheiro para investimentos. Mesmo assim sofre pressão dos funcionários públicos atrás de aumento salarial sempre acima da inflação. Eles ficaram mal acostumados nos tempos em que se dava aumento sempre acima da inflação, mesmo sem qualquer justificativa. Estes aumentos de salários acima da inflação e o aumento do próprio número de funcionários municipais, que está batendo na marca de 800 na Prefeitura de Ivoti, comeram todo aumento da arrecadação. As empresas que recolhem o grosso dos impostos que os governos distribuem entre eles desde a constituição de 1988 desembolsam mais que o dobro e todo este dinheiro adicional não serviu para nada. Foi todo ele engolido pela burocracia, porque só trocou de bolso. Saiu dos bolsos que geram empregos e foi parar nos bolsos de quem não produz um canivete. Se você pegar o aumento real da arrecadação da Prefeitura de Ivoti de 2000 para cá, constatará que todos os anos o que era arrecadado a mais ia para a folha de pagamento. Um ex-funcionário da Prefeitura de Ivoti disse outro dia para mim que, de cada 10 servidores, cinco são perfeitamente dispensáveis. Isto em Ivoti. Imagina pelo resto do Brasil afora. No nordeste, a grande maioria das cidades sobrevivem do emprego na Prefeitura e do pagamento do bolsa família.
MESMA HISTÓRIA
A história se repete desde que me conheço. Não tem governo que não se queixa de falta de dinheiro há décadas no país. Em qualquer nível de governo, todo mundo se queixa de falta de dinheiro. Hoje o brasileiro paga o dobro de impostos do que há 50 anos. Para onde foi este dinheiro, já que os serviços que o governo presta são cada vez piores. Com o aumento da carga tributária os serviços prestados deveriam ser iguais aos das economias mais modernas e ricas. Aqui aconteceu o fenômeno contrário. Pagamos mais impostos, sim, só que o dinheiro não foi usado para melhorar o país, a segurança, a saúde e a educação, para ficar só nisso. O dinheiro foi usado na multiplicação geométrica do funcionalismo, que quadruplicou nas últimas décadas. O inchaço da máquina pública é o grande vilão do nosso país. A história é sempre a mesma e nossa geração contemporânea vai morrer ouvindo a história que não muda. Se muda é para pior. Enquanto isto, quem se serve da população para ter os privilégios como o próprio emprego que passa a existir para não fazer nada. 50% dos funcionários não fazem absolutamente nada. Numa situação dessas, os bons pagam pelos maus. E a responsabilidade é toda dos políticos, que são os que administram a coisa pública.
ASFALTO
A obra de restabelecimento do deslizamento da 48 Alta chama a atenção. A obra começou com 1,8 milhão de custo. Depois foi parar em 1,6 milhão. Por fim, foi feita por 1,4 milhão. Entendidos no assunto garantem que dá para fazer pela metade do valor. Esta área das obras públicas é um verdadeiro caos. Milhões de reais escoam pelo ralo da corrupção na área das licitações de obras públicas. Todo mundo sabe qual é a solução mas ninguém faz nada. E a qualidade do asfalto de 20 anos para cá caiu drasticamente. O trecho para Lindolfo Collor e a estrada Presidente Lucena, que vai até Picada Café não apresentam buraco algum nunca. O asfalto é hoje como há 20 anos. Por outro lado, o que
asfaltam hoje não dura 5 anos. Onde este país foi parar!