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Em Ivoti: Imersão na natureza sem sair da escola
Ivoti – A curiosidade dos alunos da Escola Municipal Jardim dos Sonhos, do bairro Jardim Panorâmico, era visível enquanto eles subiam em cada um dos dois caminhões estacionados em frente ao colégio na segunda-feira, 12.
Um a um, eles foram abrindo as cortinas e descobrindo mundos novos, cercados de natureza por todos os lados, frente a frente com espécies do fundo do mar ou da Floresta Amazônica. A visita das carretas do Projeto Mata Atlântica, idealizado em Curitiba (PR), pela bióloga Cristina Portela, fez despertar a imaginação dos pequenos e seus professores.
Dois biólogos, o gaúcho de Ivoti, Alexandre Dezevieski, formado na Unisinos, e o baiano Jackson Araújo, com formação na UESC, em Ilhéus (BA), conduziram as explicações aos cerca de 160 alunos do Maternal 1 ao Pré 5, nos turnos da manhã e tarde. “O principal objetivo do projeto é promover a educação ambiental”, explica Dezevieski.
Doutorado – Conforme ele, o mesmo projeto é feito aos estudantes da Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Superior, embora as explicações sejam diferentes a cada um dos públicos. O projeto, que surgiu há 19 anos como parte do doutorado de Cristina, tem autorização para coletar os animais mortos. Em seguida, é feita a taxidermia, processo também conhecido como empalhamento.
A coordenadora pedagógica da Jardim dos Sonhos, Iana Kohwald, afirma que uma das propostas da escola é a de instigar os alunos a aprender por meio das experiências práticas. “Queremos oferecer diferentes vivências a eles e causar boas memórias. Mesmo antes desta visita, as próprias crianças já questionavam sobre os animais”, comenta ela.
Projeto vai permanecer no Rio Grande do Sul
Em comum, pinturas em cada uma das carretas reproduzia o respectivo ambiente. Mas as semelhanças não param por aí. Na Vida Marinha, o fundo do mar era expressado em detalhes, bem como animais como peixes, esponjas, pinguins, entre outros. Já na Conhecendo a Amazônia, tomavam conta do ambiente mamíferos, répteis, aves e plantas.
“Gostei do tucano e do tamanduá”, contou a aluna Mariane dos Santos, 4 anos. O colega Enzo Rauber, 4, disse que gostou do gato do mato. “Encostei no pinguim e em todos os peixes”, comentou ele. Ambos são alunos do Maternal 3A. O projeto está em “turnê” pelo Rio Grande do Sul e deve permanecer por aqui pelos próximos três anos.
“Este trabalho na verdade nos exige pouco e o resultado compensa muito. Nossa ideia é gerar sensibilização da importância da preservação da natureza, mostrando desta forma lúcida. Principalmente, queremos que as crianças criem um laço com a natureza. O retorno será no futuro deles”, afirma Araújo.