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Estância Velha se previne contra “doença do pombo”
Estância Velha – Dois homens morreram em decorrência da criptococose, conhecida como “doença do pombo”, no mês passado, em Santos, no litoral paulista. A suspeita inicial era de outras doenças, mas, o quadro de saúde de ambos piorou com o tempo, sendo mais tarde diagnosticados com a doença do pombo. Segundo o Ministério da Saúde, a criptococose não é transmissível entre seres humanos nem de animais para homens. A criptococose é uma doença grave, provocada pela inalação das fezes secas contaminadas dos pombos. Ela é causada por fungos, que se instalam no pulmão do paciente e disseminam para o sistema nervoso central. Os sintomas são febre, fraqueza, dor no peito ou de cabeça, rigidez na nuca, náusea e vômito, tontura e sudorese noturna. Pode também haver comprometimento ocular, pulmonar e ósseo.
Em Estância Velha, o problema é antigo e está causando risco para os moradores do Centro, lanchonetes e no próprio Receptivo Turístico do município, onde os funcionários precisam desviar das fezes e dos próprios pombos, para entrarem no local de trabalho. “Esta semana, uma colega nossa, teve febre, dor no corpo e na nuca, nos causando muita preocupação”, afirma Gilmar Pereira, diretor de turismo de Estância Velha.
Nas lanchonetes ao ar livre do Centro, a própria Vigilância Sanitária alertou e recomendou a retirada das aves do local, mas isso é impossível. Elas estão por toda a parte e dividem espaço com os clientes, sem a menor cerimônia, em busca de restos de alimentos.
PREVENÇÃO E TRATAMENTO
Conforme Denise Medeiros Teixeira, coordenadora da Vigilância em Saúde, o município não recebeu nenhuma orientação oficial sobre o assunto, mas concorda que a situação em Estância Velha é preocupante. A recomendação principal é de que as pessoas não alimentem as aves, sob nenhuma hipótese, pois além dos pombos podem estar contribuindo para a proliferação de ratos, atrás de restos de alimentos. A VISA também recomenda manutenção da limpeza com cloro em locais com a presença de pombos. O Ministério da Saúde considera a doença um importante problema de saúde pública, por causa da sua elevada letalidade e transcendência da doença, que pode desenvolver formas clínicas graves. A criptococose tem tratamento, feito via internação, com antifungúricos disponibilizados gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).