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Ivotiense busca apoio para exibir no exterior dispositivo para tratar fibromialgia

12/11/2019 - 11h30min

Ivoti – Dores e incômodos sofridos pela mãe foram a motivação da jovem ivotiense Bruna Letícia Land, 19 anos recém-completos, para desenvolver um dispositivo que auxiliasse no tratamento da fibromialgia. O aparelho proporciona uma melhoria na qualidade de vida de quem tem esta condição.

Bruna mora no bairro Concórdia, e é estudante de Eletrotécnica da Fundação Liberato, em Novo Hamburgo. Seu projeto, chamado Relieve to Live, é composto por uma placa microcontroladora, conectada a sensores instalados em uma roupa especial. Dispostos em até 18 pontos diferentes do corpo, eles aquecem ao serem acionados por um aplicativo de celular.

Esta técnica, chamada de termoterapia, já é utilizada em outros tratamentos. A novidade é a utilização inédita em um equipamento portátil. Os primeiros testes foram feitos em quatro pacientes. Metade recebeu a termoterapia e a outra metade, um tratamento alternativo. Após quatro semanas, quem foi tratado com o dispositivo relatou diminuição de 27% a 45% dos sintomas.

Bruna durante a premiação da Mostratec (Créditos: Arquivo pessoal)

Terapia natural

“Hoje o tratamento mais comum para a doença é com os mesmos medicamentos para controle da depressão, porém eles têm efeitos colaterais. Procurava uma terapia natural que não tivesse contraindicações, e na qual o paciente tivesse autonomia”, comenta Bruna. Agora, ela busca levar o projeto mais longe.

O dispositivo já foi apresentado em diversas feiras científicas no Brasil e no exterior. Entre as conquistas mais recentes, estão o 2º lugar de um prêmio concedido pela Assembleia Legislativa, obtido na Mostratec, e a participação na reunião da Sociedade Brasileira de Progresso da Ciência (SBPC), em 2020, no Rio Grande do Norte.

Mais recentemente, foi credenciada a apresentar seus resultados no México e China. E para isso ela pede o apoio da comunidade. Uma vaquinha online, além de uma conta bancária, estão disponíveis para doações. O valor arrecadado, que ainda não chegou a 1% dos R$ 6 mil pretendidos, são para ajudar a custear as despesas com passagens, alimentação e inscrições.

Universidades estão interessadas no projeto

A fibromialgia é incurável e atinge principalmente mulheres. Para a ciência, a síndrome ainda é um mistério. UFRGS e Unisinos já se interessaram no dispositivo e pretendem testar em breve em cursos da saúde. No ano que vem, além de ir aos eventos, Bruna pretende aperfeiçoar o protótipo e, quem sabe, comercializá-lo em 2021.

Para a jovem cientista que enxergou uma solução em meio à dificuldade, muitas coisas ainda podem ser feitas. Segundo ela, o projeto também pretende inspirar outros jovens a investir na pesquisa para resolver os problemas do cotidiano. “Muitos alunos saem da região para conquistar o mundo. É possível sonhar e tomar este caminho positivo”, afirma.

Como ajudar a jovem Bruna

A vaquinha online de arrecadações para os eventos pode ser acessada neste endereço.

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