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Casal é preso por escravizar pessoa com deficiência
Esteio -Foi preso um casal e apreendido o seu filho, de 16 anos, acusados de tortura, escravidão, estupro, estelionato e diversos crimes patrimoniais contra uma vítima portadora de necessidades especiais. Os agentes da Delegacia de Polícia de Esteio, coordenados pela delegada Luciane Bertoletti, cumpriram, na manhã de hoje, os mandados de prisão preventiva, internação e busca e apreensão contra o casal.
Denúncia anônima
A partir de uma denúncia anônima, a polícia tomou conhecimento, em 5 de junho deste ano, que uma pessoa portadora de necessidades especiais era mantida por um casal em cárcere privado e submetida a todo o tipo de violência, inclusive sexual.
O denunciante relatou que a situação já perdurava há, pelo menos, cinco anos e que a vítima era forçada a trabalhar em circunstancias que extrapolavam sua condição física, sendo brutalmente agredida caso não cumprisse a jornada estabelecida pelos investigados.
Venderam a casa
De acordo com o que foi apurado, os investigados eram vizinhos da vítima e, em determinado momento, teriam vendido a casa em que ela residia e subtraído o seu cartão de benefício previdenciário. A partir disso iniciaram-se uma série de crueldades. A vítima, se arrastando, era obrigada a trabalhar todo o dia, por mais de 15 horas, sem comida e bebida até que terminasse suas tarefas. Além disso, era proibida de utilizar o banheiro antes de terminar seus afazeres, urinando nas calças em diversas oportunidades, o que lhe causou uma gravíssima infecção.
Nesse mesmo período, o filho do casal, um adolescente de 16 anos, passou a abusar sexualmente da vítima, com o consentimento dos pais. Se não bastasse, em mais de uma oportunidade, a vítima fora obrigada a usar cocaína pela investigada, lhe causando sérios problemas de saúde.
A Delegada Luciane Bertolletti afirma que “as condições em que a vítima foi encontrada denotam a crueldade dos crimes praticados pelo casal” . O Diretor Da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana – 2ªDPRM, Delegado Mario Souza explica que “foi uma situação terrível criminosa, a pessoa deficiente estava em uma situação de muito sofrimento.”