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Primeiros vacinados falam sobre o “aniversário” da vacinação em Nova Petrópolis

19/01/2022 - 10h06min

Gregor, Veroni, Sulamita, Márcia e Fernando foram os primeiros vacinados (Créd.: Dário Gonçalves)

Nova Petrópolis – Há exatamente um ano, no dia 19 de janeiro de 2021, cinco pessoas receberam as primeiras aplicações da vacina contra a Covid-19 no município: a enfermeira Veroni Meyer Fagundes, a também enfermeira Sulamita Sousa Brandão Silva, a auxiliar de serviços gerais, Márcia Luísa da Silveira, o professor de educação física, Fernando Araújo Souza, e o médico Gregor Hermann.

Destas cinco, Veroni, Sulamita e Gregor conversaram com O Diário sobre como passaram por esse um ano, principalmente atuando por todo esse tempo na linha de frente de combate à pandemia. Atualmente, os três já tomaram as três doses de vacinas. Já Márcia e Fernando não fazem mais parte da equipe de servidores municipais.

Veroni, a primeira de todos, atua na UBS do Vale Verde, e disse que contraiu a doença ainda em 2020, quando não havia o imunizante. No entanto, felizmente, ela foi assintomática e não sofreu efeitos. “Trabalho todos os dias fazendo testes em muitas pessoas, mas felizmente mantenho os cuidados e não me contaminei novamente”, disse.

A segunda a receber a dose foi Sulamita, que hoje é enfermeira coordenadora do setor de Covid-19 de Nova Petrópolis e gestora das parcerias do município com Hospital Nova Petrópolis, Bombeiros Voluntários e APAE. Por ela, passaram praticamente todos os mais de 4.500 munícipes que testaram positivo, mas não se contaminou em nenhum momento. “Meu marido contraiu o vírus, teve alguns sintomas fortes, mas eu não. É incrível porque lido com positivados todos os dias, mas nunca tive sequer sintomas, muito menos reação às vacinas”, contou.

Sulamita é coordenadora do setor de Covid-19 de Nova Petrópolis (Créd.: Dário Gonçalves)

Teste positivo

O médico Gregor Hermann disse que foi um privilégio receber uma das primeiras vacinas e não teve nenhum efeito colateral nas duas primeiras doses. Somente ao receber a dose de reforço no início de outubro, sentiu. “Por uns dois dias, senti mialgia e artralgia leves que não chegaram a prejudicar o desempenho laboral”, disse.

Hermann, já vacinado com duas doses, acabou contraindo o vírus, mas não teve sintomas graves. “Provavelmente na realização de testagem em um surto numa instituição de longa permanência de idosos, uma colega do Centro de Testes e eu fomos contaminados e tivemos Covid. Mas evoluindo sem complicações” afirmou.

Nova onda da contaminação

A coordenadora do setor de Covid-19, Sulamita, diz que atualmente cerca de 120 testes são feitos todos os dias somente na UBS do Bairro Piá, onde fica o Disque Coronavírus. Destes, 50% têm resultado positivo, com alguns dias chegando até em 70%. Porém, os casos não tem sido graves, muito graças à vacinação, segundo ela. “Hoje, as pessoas chegam com problemas nas vias aéreas superiores, ouvido, sinusite, mas não no pulmão. Assim, elas podem ir para casa e tratar como se trata uma gripe, sem precisar de internação”, comentou.

Até está segunda-feira, 17, a Prefeitura informava 462 pessoas em isolamento domiciliar, mas nenhuma hospitalizada. já no boletim de ontem, 18, o número havia baixado para 390, mas como uma internação clínica. “Acreditamos que essa nova variante seja mais contagiante, mas com menos sintomas. No ano passado, quando estava bem grave, as pessoas pioravam quando estavam prestes a receber alta. Às vezes, um familiar da mesma casa testava negativo, e hoje, quando um está positivo, os outros também estão, mas sem sintomas”, acrescentou.

Números altos, mas alívio

A enfermeira disse ainda que foi assustador chegar para trabalhar no dia 3 de janeiro e encontrar uma fila dobrando a esquina de pessoas querendo fazer o teste. “Na hora deu medo, eu pensava que já tinha visto aquele filme e que estava se repetindo”. Porém, agora já foi possível constatar que a contaminação está em alta, mas sem casos graves.

Gregor Hermann também considera reconfortante ver que os casos graves e as internações não acompanharam esse pico de casos novos, graças à boa adesão dos moradores à vacinação. “Com a iminência do retorno às aulas, e já com boas evidências da segurança das vacinas ao público infantil, espero continuarmos com bons índices também nessa faixa etária. Aproveito para reforçar que lembrem de realizar a dose de reforço”, concluiu.

Para o secretário de Saúde, Martim Wissmann, Nova Petrópolis tem resultados muito positivos desde o início da vacinação, com mais de 83% da população geral com pelo menos uma dose aplicada. “Ainda estamos aplicando a dose 1 em não vacinados, o que demonstra ainda o interesse pela vacina. As equipes seguem na busca ativa da população para aplicação das doses em não vacinados e naqueles que estão em atraso”, disse. Wissmann ressaltou ainda a expectativa para o início da vacinação em crianças de cinco a 11 anos. “Que possamos imunizar o maior número de crianças porque sabemos da importância do imunizante para amenizar os sintomas da doença”, concluiu.

Secretário de Saúde, Martim Wissmann (Créd.: Dário Gonçalves)

Testes gratuitos

Desde o início do ano, Nova Petrópolis aderiu à Fase 3 do Projeto Testar, programa do Governo do Estado que prevê a livre demanda de testes para pessoas com sintomas da doença e para assintomáticos que tiveram contato com positivos, sem a necessidade de consulta médica prévia. Ou seja, qualquer pessoa pode chegar à UBS e solicitar o teste. O resultado sai em cerca de 15 minutos.

Para o secretário de Saúde, Martim Wissmann, Nova Petrópolis tem resultados muito positivos desde o início da vacinação, com mais de 83% da população geral com pelo menos uma dose aplicada. “Ainda estamos aplicando a dose 1 em não vacinados, o que demonstra ainda o interesse pela vacina. As equipes seguem na busca ativa da população para aplicação das doses em não vacinados e naqueles que estão em atraso”, disse. Wissmann ressaltou ainda a expectativa para o início da vacinação em crianças de cinco a 11 anos. “Que possamos imunizar o maior número de crianças porque sabemos da importância do imunizante para amenizar os sintomas da doença”, concluiu.

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