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Carolzinha fala do título de campeã da Libertadores

01/11/2022 - 10h12min

Beijo na taça é tradição entre os campeões (Créd.: Arquivo Pessoal)

São Paulo – De volta à Vinhedos, onde vive atualmente, Carolzinha falou ao Diário sobre como é ser campeã da Libertadores da América, título inédito que conquistou com o Palmeiras na última sexta-feira, 28, em Quito, no Equador, diante do Boca Júniors da Argentina. Foram praticamente 20 dias na altitude equatoriana, desde o dia 11 de outubro, quando chegaram, até o retorno, na madrugada de domingo, 30.

A competição foi toda realizada no Equador, de 13 a 28 de outubro, e o Palmeiras venceu todos os seus sete jogos. A conquista fica ainda maior devido ao momento turbulento que a equipe passou recentemente. Em junho, na liderança do Campeonato Brasileiro, a equipe perdeu o então treinador Hoffman Túlio, e trouxe de volta Ricardo Belli, que havia trabalhado no clube em 2021. Pouco depois disso, em setembro, o Palmeiras perdeu duas zagueiras titulares por atos de indisciplina em meio à semifinal do Brasileirão contra o rival Corinthians.

A zagueira comemora mordendo a medalha, no lado esquerdo da foto (Créd.: Staff Images Woman/CONMEBOL)

Sentimento de vitória

Carolzinha disse que está muito feliz e ainda sem acreditar que tudo aconteceu tão rápido. “Foram dias difíceis, de adaptação, nutrição, preparação específica para o pulmão. Estávamos abaladas com a perda do Brasileirão, mas todo o grupo se uniu. Colocamos isso em cada preleção e fizemos de cada jogo, uma final. O grupo se uniu após as dificuldades”, comenta.

A zagueira, de apenas 19 anos, ainda é reserva na equipe e entrou em apenas duas partidas. Ainda assim, ela afirma que dentro ou fora de campo, a ansiedade era a mesma. “O nervosismo foi maior na estreia. Nas quartas de final, passamos com um gol nos acréscimos, achei que iria desmaiar. Mas quando chegamos na final, sabíamos que ninguém nos tiraria esse título, nunca estivemos tão juntas como naquele momento”, relembra.

Carolzinha (13) com Giovanna e Polyanna, a maior campeã da história da Libertadores com cinco títulos (Créd.: Divulgação)

Torcida

Como a competição foi toda no Equador, eram poucos os torcedores palmeirenses. Na final, o governo local distribuiu ingressos em escolas, fazendo com que um bom público fosse ao estádio. Porém, a torcida estava toda a favor do Boca Júniors. Isso, até o Palmeiras abrir 3 x 1 no placar. “Quando abrimos vantagem, eles já começaram a gritar olé para as argentinas, foi muito bacana”, afirma.

Se localmente a torcida a favor era pequena, à distância era mais que suficiente. A família, em Nova Petrópolis e arredores, se reuniu antes de cada jogo para assistir pela televisão. “Esse suporte é o que me motiva, sempre me apoiaram a seguir o meu sonho e esse título é por eles também. Quando terminou o jogo, corri para pegar o celular e fazer uma videochamada no grupo da família para comemorar junto”, finaliza.

O próximo compromisso da equipe é já nesta quinta-feira, 3, fora de casa diante do Taubaté, pelo Paulistão.

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