Colunistas
Que mal aqueles velhinhos fazem ali para alguém?
Ninguém que gosta do inverno tem do que se queixar. Aí pela metade de maio começou o frio e não parou mais. Uns poucos dias de temperatura amena entremearam o frio intenso que tem feito este ano. O comércio agradece.
SÃO JOÃO
Ontem foi o dia de São João. No passado se faziam fogueiras enormes e se ateava fogo nelas. Hoje em dia é proibido em nome da camada de ozônio. As festas de São João perderam a graça. Hoje viraram festas de escolas. No passado as escolas também promoviam festas de São João. Aí proibiram de vender quentão, por causa do teor alcoólico que tem e perdeu a graça. Será que estamos no caminho certo ou errado. Na época em que as festas de São João das escolas eram regadas a quentão tudo era mais pueril e não havia problemas como brigas. Porque então se proibiu. Aposto que ninguém sabe nem mesmo quem proibiu.
ESTÁDIOS
O mesmo acontece com vendas de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. Foi proibido em nome da pacificação das torcidas. Podem liberar que aposto que nada vai mudar. O único problema é a impunidade. Basta o Estado cumprir a sua missão que é prender os arruaceiros que tudo se resolve. 99% do público dos estádios de futebol são pessoas de bem. Mesmo bebendo uma cervejinha nada acontece como em qualquer baile ou boteco. Todo mundo bebe e ninguém briga. Nos estádios de futebol é a mesma coisa. O problema é a impunidade. Tem que obrigar o Estado através da sua Justiça a cumprir com sua missão.
PRAÇAS
Por falar em bebidas nas praças, a vereadora Marli Heinle Gehm retirou o projeto de lei para não correr o risco de ser rejeitado. O seu projeto tinha um erro fatal. Ele não estabelecia horário de proibição para consumir bebida alcoólica. O objetivo obviamente era, por exemplo, proibir das 10 às 6 da manhã. Mas nunca as 24 horas do dia.
VELHINHOS
Imaginem a turma dos aposentados que frequenta a Praça da Emancipação todas as tardes. Eles ficam ali jogando conversa fora e fazendo fofoca. Raciocinem comigo. Se eles resolvessem beber uma cervejinha ali numa tarde quente, não tem nada de mal. Por causa da lei da Marli eles não poderiam fazer isso pois estariam proibidos de beber em praça pública. Que mal aqueles velhinhos fazem ali para alguém? Agora imaginem o fiscal da Prefeitura chegar nos velhinhos para multá-los. Qual o fiscal da Prefeitura de Ivoti que faria isso. E como faria isso. Teria que pedir identificação de cada um para aplicar a multa. E a multa seria paga como. No guichê da Prefeitura ou por boleto. Ou o sujeito receberia a multa pelo correio como acontece com as demais multas de trânsito. Por isto que afirmei logo que esta lei seria letra morta, pois não seria cumprida e em poucas semanas ninguém mais se lembraria dela.
ALGAZARRAS
Na verdade, o objetivo do projeto da Marli era proibir as arruaças de jovens que ficam de noite na praça fazendo algazarra. O efeito da lei da Marli se fosse aprovado seria zero. Para coibir algazarras já tem legislação mais do que suficiente. Ela só não é cumprida. Aí fazer uma lei municipal não tem sentido. Ninguém é a favor das algazarras em praça pública. Elas tem que ser coibidas para valer e os responsáveis responder pelo que fazem. Neste caso o problema é da polícia e não do município.