Intenção de Consumo das Famílias no Brasil

Brasil – A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou nesta terça-feira (21), no Rio de Janeiro, que o indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) cresceu 0,8% em março, atingindo 96,7 pontos, o maior nível desde março de 2020, superando também o resultado de fevereiro, que alcançou 95,7 pontos.

No entanto, a intenção de consumo ainda permanece abaixo da zona de avaliação positiva de 100 pontos desde 2015. A economista da CNC, Izis Ferreira, explicou que a elevação foi menos expressiva em razão da perda de fôlego no otimismo das famílias de menor renda. Desde o último trimestre do ano passado, o consumidor de renda média e baixa estava mais esperançoso que o mais rico, mas o panorama mudou agora em março. Segundo a pesquisa, 37% das famílias relataram que o acesso ao crédito está mais difícil.

O índice que mede a facilidade das compras a prazo caiu 0,8% e continuou no quadrante negativo (90,5 pontos). O estudo mostrou, também, que três em cada quatro consumidores consideram que o momento não é favorável para a compra de bens duráveis. Por outro lado, o indicador relacionado à satisfação com o emprego atual teve melhor desempenho entre os consumidores de rendas média e baixa no primeiro trimestre, ao mesmo tempo em que recuou no mesmo período entre os de renda mais alta.

Para os próximos três meses, o consumidor de todas as faixas de renda está projetando uma melhora do seu nível de compras, segundo a pesquisa. A perspectiva de consumo – pelo terceiro mês consecutivo – se destacou com o maior crescimento mensal, alcançando 103,6 pontos. Desde outubro do ano passado, o indicador tem evoluído mais que o nível de consumo atual, o que indica que as famílias pretendem ter condições de consumo melhores no futuro.