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Funcionários do hospital estão com medo de não receber seus direitos
Dois Irmãos – Com a aproximação do dia 15 e o fim do prazo da administração do Instituto de Educação Vida (ISEV), os cerca de 100 funcionários do Hospital São José estão com medo de não receber todos os seus direitos trabalhistas. Nesta quarta-feira, dia 8, pela manhã e tarde, os profissionais participaram de reuniões com o Sindisaúde de Novo Hamburgo e a insegurança sobre os pagamentos é geral. A crise financeira é o motivo do caos no hospital e do pedido de renúncia do ISEV. “Não sabemos de nada. Se vamos receber tudo que temos direito, ninguém senta com a gente e diz algo de concreto”, disse uma funcionária.
O representante do sindicato não pode dar a certeza que os funcionários queriam e também não conseguiu acalmar o grupo. Ele sugeriu uma ação coletiva e, inicialmente, fazer a contabilidade de quanto seria o valor a ser recebido pelos funcionários. Algumas questões burocráticas deixaram ainda mais dúvidas dos funcionários, como as categorias que o sindicato iria ou não representar e sobre possíveis acordos, caso não haja dinheiro suficiente.
APARECEU DE SURPRESA -No meio da reunião, a prefeita Tânia da Silva, o secretário da Saúde, Afonso Bastian, e a diretora do ISEV, Letícia Ferraz, apareceram de surpresa e a prefeita usou a palavra na tentativa de acalmar os funcionários. “Hoje à tarde estamos indo participar de uma reunião justamente para tentar a garantia de que esse valor em atraso do Estado possa ser repassado direto ao município. Se isso for autorizado, nós vamos antecipar esse recurso para pagar dívidas do hospital, principalmente em relação aos direitos dos funcionários. O município não está lavando as mãos, e nem fugindo, estamos buscando alternativas porque nossa principalmente preocupação é com os funcionários e, ainda, com a nova empresa, que já assume no dia 16 (e o objetivo é de que a grande maioria dos funcionários continue trabalhando)”, disse a chefe do Executivo.
Na segunda, o presidente do ISEV anunciou que o valor em atraso do Estado era R$ 800 mil. Para o sindicato, informou que é R$ 620 mil.