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Os riscos de acidentes com a aquaplanagem

22/11/2019 - 14h42min

Nos anos de 2017 e 2018 o número de acidentes causados por aquaplanagem nas rodovias federais brasileiras ficou próximo de 5%. Um índice relativamente baixo quando comparado ao todo, não é? Pois então vamos avaliar a aquaplanagem por outro ponto de vista: um carro que derrapa em uma rodovia por causa da água empoçada na pista geralmente acaba envolvido em um acidente de colisão ou saída de pista.

As poças de água formam-se muito facilmente nas pistas de asfalto, principalmente naquelas em pior estado de conservação. As poças formam uma camada de água que, em determinadas circunstâncias, tira o contato dos pneus com o asfalto. Este é o cenário perfeito para que o motorista perca o controle do veículo.

As principais circunstâncias que podem facilitar a aquaplanagem são duas: alta velocidade e pneus desgastados (carecas). Em todos os casos, é importante para o motorista manter a calma e desacelerar o veículo progressivamente, mantendo o volante na trajetória correta.

Se estiver em aquaplanagem, em hipótese alguma o motorista deve virar a direção de forma abrupta ou frear bruscamente (especialmente carros sem frio ABS ou controle de estabilidade). Para evitar a derrapagem, a dica é reduzir a velocidade em 30% e manter distância do veículo da frente, observando o rastro deixado pelos pneus dele. O tempo que o rastro leva para desaparecer permitirá saber a quantidade de água na pista.

Motocicletas na chuva

Pela característica dos seus pneus (mais estreitos), a moto enfrenta menos risco de aquaplanagem. Mas ela também pode acontecer e, nesta situação, o risco de o piloto ir ao chão é grande.

Para evitar a derrapagem na água, mais do que nunca o motociclista precisa dosar corretamente o freio entre a roda dianteira e a traseira.

Testes realizados com pilotos pela Pirelli mostram que o limite de velocidade para não correr o risco de cair com a moto na água é 50 quilômetros por hora. Acima de 70 km/h o controle já fica comprometido.

Pneus bem conservados são o básico

Aqui teremos uma espécie de sequência da reportagem da página 6, sobre a manutenção de pneus. Isso porque a aquaplanagem é muito mais comum em pneus desgastados. Em um pneu novo, os sulcos ajudam a eliminar a água que fica entre a borracha e o asfalto, facilitando a aderência (da mesma forma que com a pista seca o pneu “careca” demora mais tempo nas frenagens…).

Não por acaso, o Código de Trânsito Brasileiro prevê multa para veículos com pneus desgastados. A referência é o TWI de 1,6 mm já citado na página 6.

Um truque simples para o motorista saber se o pneu ainda está em boas condições é colocar uma moeda de um real no sulco do pneu. Se o anel dourado ficar visível, é porque o pneu já está com a vida útil próxima do fim.

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