Vovôfit

Raul Petry 

Dá para desrespeitar a palavra do médico?

Se você perguntar para um médico se dá para deixar de tomar remédio para a pressão, ele vai sugerir que não. E se você disser que mede a pressão todos os dias e ela tá normal. Neste caso, precisa tomar? Na verdade, ela não tá normal por um acaso. Isto só acontece porque você se exercita tanto que a pressão vai para o seu lugar e não se mexe. É verdade que outro dia estava em 16 x 10 e me assustei. Corri para tomar o remédio e ela foi de volta para onde não deveria ter saído. Pela experiência que obtive de três anos para cá, cheguei a conclusão que não preciso tomar o remédio enquanto me exercito e, ao mesmo tempo, meço ela todos os dias, uma ou duas vezes. Geralmente de manhã e de noite. O importante é ela não passar de 14. Enquanto isto não acontecer não tomo o remédio. Se um dia ela passar deste patamar como aconteceu outro dia, aí corro para tomar o remédio.

Lembro-me do choque que tive quando fui no médico lá com meus 45 a 50 anos e ele mediu a pressão. Não sei em quanto tava. Só sei que ele receitou um remédio para a pressão e mandou tomar. Eu perguntei por quanto tempo e ele respondeu: para sempre. Quase caí da cadeira. Aquilo ali foi um choque para mim que não tomava remédio para nada. Era a primeira vez que me deparei com esta nova realidade. Não queria acreditar e saí do consultório tendo vários sentimentos ao mesmo tempo. Foi ali que descobri que não era mais um jovem, mas um homem de meia idade com seus problemas e soluções. As pessoas não querem acreditar que estão envelhecendo e os sintomas na saúde são um termômetro. Nesta idade as rugas ainda não aparecem e depois elas fazem a sua parte e te convencem facilmente que a idade finalmente chegou.

Não há nenhum milagre entre aquela época e hoje. Eu era estressado, gordo e não cuidava da alimentação. 25 anos depois, eu me alimento bem, estou no meu peso e faço exercícios. Você só pode levar uma vida de bem estar se se alimenta bem, faz exercícios e se não está acima do peso. Naquela época eu tinha vergonha da “barriga de cerveja” que carregava. Não tem nada pior do que ter uma pança fora do controle, que desvirtua teu corpo. Não tenho mais.