Começo de Conversa 04/06/2025

Mauri Marcelo ToniDandel

MÃOS ABANANDO

Como o ano que vem é ano de eleições, muitos deputados e candidatos já estão circulando pela região. A maioria, vem trazendo emendas, quem tem, obviamente, para não chegar de mãos vazias.
Com tanto deputado chegando aí, é aquela coisa, temos que ter tempo – e café – para receber todos os candidatos a deputados. Como diz um amigo de outro meio de comunicação: “essa visita não paga nem o café que vou fazer”. Pois é, muitos deputados daqui (e alguns de longe) são bem presentes e ajudam a região, mas…

SÓ COLHER

Mas tem deputado aqui da região e, principalmente alguns de longe, que nada fazem pela nossa região, mas a cada quatro anos eles aparecem para “colher”. É claro que o eleitor não vai votar só porque ganhou uma emenda ou o deputado estava no jornal tomando café (aliás, duvido!), mas deputado algum quer correr este risco – e como o café e o tempo do jornalista é de graça!

ARRUMO PRA CABEÇA

Em ano de eleição para deputado eu “sempre arrumo pra cabeça”. É que sempre escrevo isso que acabei de escrever, sugerindo para votarem em deputado daqui da região, que você tem o Zap dele ou conhece algum assessor.
Mas aí, quem é daqui e assessora algum deputado que é de uma cidade a 400 ou 500 km daqui fica indignado com o colunista. E como reclamam! Alguns, “com razão”. Mas, em geral, é isso que acontece, o deputado só dá as caras para colher nas urnas, mas, na hora de plantar, leva a emenda para sua terra.

MEA

Mas, faço uma “mea culpa”: não é a área geográfica que vai dignificar ou não um deputado. Então, por isso, escrevi desse jeito ali: tem deputado daqui da região (e também de longe) que é presente e ajuda bastante, mas tem muito deputado de longe (e uns daqui da região) que nunca aparecem e nunca ajudam a nossa região!

CHAPÉU

Agora vai vir um monte de gente achando que estou jogando o chapéu para cima. Não! Este texto escrevo há mais de 20 anos. E, sim, tivemos muitos deputados que visitaram o jornal e a cidade nos últimos dias (e a lista para futuras visitas é longa!), mas não estou jogando o chapéu, pois o trabalho de cada um destes fala por si. Se não ‘os critico, também não elogio’! Mas, eleitor, anote aí: vai vir muita gente que não consegue nem chegar a Dois Irmãos sem GPS para buscar teu voto e voltará aqui só na próxima década, na eleição de 2030.

GALOS

É lamentável, mas estes deputados “são galos”, porque fazem isso e ainda tem eleitor que vota, portanto, embora não concorde, eles têm meu respeito, pois dançam conforme a música. Nestas horas (e neste exemplo) tem que puxar é a orelha do eleitor, que mora aqui, pede médico aqui, professor e estrada aqui, mas vota em um cidadão que nem sabe que existe uma cidade chamada Dois Irmãos! E depois ainda fica reclamando…