Panela de Pressão – 01/10/24

Raul Petry

BAFAFÁ
Está o maior bafafá o jogo na internet tipo o Tigrinho. Os jogos Bet chegaram para tomar conta do mercado de jogos online. Está completamente fora de moda o sujeito jogar como antigamente, embora o Tri Legal seja um jogo de azar que continua dando certo. Agora o governo descobriu que 12 bilhões do Bolsa Família foram utilizados em jogos de azar tipo as Bet em todo o país. Virou uma febre. O problema é que ninguém ganha em loteria, seja qual for. O sujeito perde muito mais do que ganha.

CASSINOS
O governo meteu o olho grande em cima do mercado bet porque está de fora. Eu tenho uma opinião sobre cassinos. Eles só foram fechados e até hoje não voltaram porque são administrados pela iniciativa privada. Fosse o governo cobrar imposto e os cassinos funcionariam à mil, mesmo porque ninguém que ganha bolsa família vai jogar em cassino. Este é jogo para ricos, abastados, que jogam muito, ganham muito e perdem mais ainda. É uma pena que no Brasil não tenha cassinos. Esta é uma dessas coisas que não dá para entender. O país é um imenso cassino, joga-se de tudo, desde o jogo do bicho até as megassenas da vida administradas pelo próprio governo, que arrecada como nunca com as loterias administradas pela Caixa Federal. E isto que só 30% do valor jogado retorna em forma de prêmios.

DE OLHO
Demorou menos que eu pensei e o governo já anunciou que vai regulamentar o mercado bet. E mais, a Caixa Federal vai ter a sua própria indústria bet, que o próprio governo vai administrar. Estava na cara que o governo não ia ficar de fora desse filé. Na hora de meter a mão em grana os políticos são muito rápidos. Demoram para prestar qualquer tipo de serviço, mas para arrecadar é para já. Em Nova Petrópolis, a ponte sobre o Rio Caí foi levada pela chuva. Dois dias depois o diretor do Dnit estava lá na beira do rio. Armaram um circo e a fala dele foi auspiciosa. Até hoje não existe ponte, a não ser a construída pela iniciativa privada e que foi inaugurada no dia 20 de setembro. Sinal do governo federal, do Dnit, não há mais nenhum. Foram embora mais rápido do que vieram. Foi-se o tempo que o tínhamos 7 ministros e cada cidadão sabia o nome de cada um deles. Mário Andreazza (Transportes); Delfim Netto (Economia), Prietto (Saúde) e por aí vai. Hoje sabemos de cor o nome de cada ministro do Supremo pelos motivos mais do que conhecidos. O país entrou numa barafunda que não tem fim. Aliás, das duas uma. Ou nos livramos do que está aí, ou viramos de uma vez por todas numa Venezuela do ditador Maduro. Quem dissesse isso há 5 anos seria chamado de louto. E hoje estamos quase lá. A eleição do atual presidente democrata deu no que deu.