Colunistas
Panela de Pressão – 24/09/24
Raul Petry
LAVA JATO
Não tem como não falar das eleições municipais deste ano. Descobri um fenômeno que está acontecendo e que vem da última eleição para presidente da República. Não é que os partidos não queiram mandar fazer bandeiras para os motoristas carregar, ou adesivos para adesivar os carros. Ou aquelas placas menores que os candidatos colocavam no jardim das casas para identificar o voto daquela residência. O furo é mais embaixo. Uma vez, em Hortêncio, de cada duas casas, uma tinha uma daquelas placas, ou de um ou de outro candidato. E de cada dois carros, via de regra, um deles levava uma bandeira do candidato de sua preferência. Na época não tinha dinheiro público na campanha. O dinheiro público começou assim que a lava jato terminou. Descobriram a desculpa ideal para meterem a mão nos impostos para bancar as campanhas. Com a corrupção das empreiteiras, imaginou-se que ela tinha sua origem nas empreiteiras de obras públicas, que davam dinheiro para os candidatos e depois cobravam a conta. Pronto. Acabe-se com esta prática e termina a corrupção no serviço público.
FESTA
O próprio domingo da eleição era uma festa, os carros circulavam pela Av.Presidente Lucena de cima a baixo, empunhando bandeiras para angariar os últimos votos. Só não se podia buzinar e fazer campanha ostensivamente. Os carros não buzinavam, eles subiam e desciam a Av.Presidente Lucena silenciosamente, colorindo toda a avenida, até a eleição terminar.
AFUNDAMENTO
No sábado um caminhão carregado estacionou na Av.Presidente Lucena e o motorista foi pego de surpresa ao voltar do mercado e ver que o caminhão estava inclinado para o lado. Não teve quem não dissesse que o motorista teria que ter visto que ali foi implantada uma nova tubulação de água e que, portanto, não poderia ter estacionado sobre a rede ainda não concluída. E a sinalização onde ficou? Como sempre digo, melhoramos em termos de sinalização inclusive num aspecto que nunca tinha visto. Não é que a pintura das faixas de segurança no centro foi feita de noite, quando tem menos movimento. É a primeira vez que vejo isso. No Estados Unidos, a maioria das obras urbanas é feita de noite, para não prejudicar o movimento de veículos. Tomara que a medida perdure e que não seja só a cada 4 anos.
SINALIZAÇÃO
Por falar em sinalização critiquei outro dia aquele quebra molas na frente do Sicredi, onde um motorista se estrebuchou e o carro foi direto para a oficina. No outro dia o sabe-tudo Satoshi explicou que, por se tratar de elevada, cabia sim a pintura branca em vez de preto e amarela, mais visível. Quem disse que aquilo ali é uma elevada?