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Ou tem alguém que é contra

10/04/2019 - 11h00min

Atualizada em 10/04/2019 - 13h55min

Na coluna de ontem publiquei a problemática dos loteamentos populares que desapareceram em Ivoti. O motivo: a burocracia que não deixa os empreendedores de começar e concluir um projeto de novo loteamento. Da intenção até a liberação para o início do loteamento, dizem as pessoas do ramo, que leva de 7 a 10 anos. E que em outros municípios nem a metade do tempo. Menos da metade. Alguma coisa está errada. A nossa situação nesta área é mais ou menos parecida com o número de horas que as empresas precisam dispender em média por ano só para atender o fisco aqui no Brasil. Ou seja, o governo e sua burocracia. 2.600 horas no Brasil contra 50, 80, 100, no máximo dos máximos, nos piores países, 600. Será que somos o Jõaozinho do passo certo no mundo? Isso sem a implantação no ano passado do tal do e-social, uma jabuticaba tipicamente brasileira. O e-social bateu todos os recordes. Ele controla a vida das empresas como se fosse o dono. Parte-se do pressuposto que todo mundo é desonesto e temos que provar que não somos a cada 5 minutos, em vez de ser o contrário como é em todo o mundo. No tempo do general Figueiredo na presidência, na década de 90, chegou-se a criar o Ministério da Desburocratização. O ministério acabou mas a burocracia ficou.

JOÃOZINHO

Aqui em Ivoti será que somos também o Joãozinho do passo certo? Ou o problema está nos empreendedores que se negam a respeitar a lei e ficam botando minhoca. Como são vários, inclusive gente que faz vários empreendimentos em outros municípios e comparam um com o outro, acho que o problema está no município mesmo. Dá para citar o Wittmann, de Dois Irmãos, que tem um loteamento em projeto aqui em Ivoti e não consegue tirá-lo do chão. Não tivesse já gastado uma pequena fortuna no loteamento e desistiria. Só para comparar, em Dois Irmãos tem hoje 8 loteamentos em implantação. Aqui não sei se tem um. A empresa Wittmann jura que nunca mais vai investir um centavo na cidade.

URBANISMO

Segundo um vereador, a bola estaria com o Conselho do Urbanismo e não com a Câmara de Vereadores. Segundo este vereador, em Dois Irmãos, por exemplo, não existiria zona rural. Todo municípios é considerado zona urbana, o que facilitaria tudo. Picada Café também não existe zona rural. Ainda segundo este vereador, qualquer mudança teria que passar pelo Conselho de Urbanismo, que defenderia interesses. Não se se dá para concordar com o vereador. Na minha ótica o Conselho de Urbanismo não pode se sobrepor a uma lei. Se a Câmara de Vereadores tem que se sujeitar aos ditames de um mero Conselho para elaborar leis, aí não precisa mais Poder Legislativo. Não é por aí. Na minha ótica a bola está mais com o Poder Legislativo do que com o Poder Executivo. Na verdade, com os dois. O povo elegeu seus representantes e espera que os seus representantes eleitos cumpram com a sua função de desenvolver o municípios hamoniosamente, conjugando interesses econômcios com ambientais como é no mundo inteiro. Nós não estamos encravados no meio da Amazônia, que é um caso à parte. Somos um município igual a nossos vizinhos e podemos facilmente dar um empurrão no desenvolvimento de nossa cidade. Ou tem alguém que é contra. Afinal, o que veio primeiro, o ovo ou a galinha.

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