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Protagonismo

10/09/2019 - 09h27min

Assim como acontece no mundo todo, aqui em Ivoti a Câmara de Vereadores tem que atrair para si também o protagonismo nas decisões municipais mais importantes. Poucos se dão conta da função de uma Câmara de Vereadores. Ela tem a palavra final sobre tudo. Por isso não dá para votar em candidatos sem a menor condição para ter o mandato. Eles tem que ter um mínimo de consciência e discernimento do que estão fazendo ali para ocuparem a sua função de vereadores que decidem o futuro do município. Tivemos nos últimos tempos dois momentos cruciais, onde a Câmara Municipal deveria ter atraído para si um protagonismo decisivo para o futuro de Ivoti. Por ocasião das CPIs da Água, quando a atuação dos vereadores deixou muito a desejar para não dizer coisa pior e também por ocasião do pedido de impeachment do prefeito Arnaldo, que estava embasado e caindo de maduro. Vale lembrar que Arnaldo fez a pior gestão que Ivoti já teve. Ele simplesmente liquidou com as finanças municipais e se salvou por um triz no final do ano. Ficou devendo, o que é crime de improbidade, mas o que esperar do Tribunal de Contas. Aliás, estou curioso para ver o que o Tribunal vai fazer das contas de 2016, que fecharam no negativo em 1,5 milhão e não foi por bem mais porque entrou a grana que foi distribuída aos municípios por conta da repatriação de bens no exterior que puderam ser declarados. Naquele ano deixou de pagar um convênio com o Hospital São José que ele mesmo assinou. Pode?

VOLTANDO

Mas voltando a Câmara de Vereadores. Agora eles estão diante de um novo e bom “abacaxi”. É um bom abacaxi, pois se trata da Câmara Municipal afirmar a sua soberania diante da usurpação do seu poder por parte de forças que se movem nas adjacências. Tudo é natural, faz parte do jogo de interesses. O que a Câmara tem que fazer é afirmar a sua atribuição de legislar quanto aos interesses municipais. Ouve daqui, ouve dali e decide. Ponto final. É que inventaram um poder que os conselhos municipais não tem. Imagina o Poder Executivo e o Legislativo terem que dizer amém sobre o que os conselhos municipais decidirem. Não tem só o Conselho Municipal de Urbanismo. Tem outra dúzia de conselhos. Eles são opinativos, para fornecer subsídios as autoridades municipais. Mas jamais deliberar, como está fazendo o Conselho de Urbanismo. Os conselhos foram criados para subsidiar com informações os poderes legitimamente constituídos. Pelo que querem fazer crer, aqui em Ivoti são uma espécie de “soviets”, que tem a palavra final. Se o Poder Executivo se curvar para o Conselho de Urbanismo, o soviete mais ativo do município, que o Legislativo corrija o erro. Embora tenham prometido rever a proibição de fazer pão na cidade de Ivoti, o soviete do Urbanismo e Plano Diretor, composto por 18 membros pediu prazo para pensar no assunto. Pode? Que a Câmara Municipal reveja urgentemente este assunto esdrúxulo, pois 99% do povo pensa diferente do Conselho e delegou aos vereadores o poder de decidir em seu nome. O PÃO É NOSSO!!!!!

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