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Furto de material nas lixeiras causa prejuízos na Cooperativa dos Recicladores

27/08/2019 - 08h54min

Atualizada em 28/08/2019 - 14h44min

Dois Irmãos – Desde 2018 a Cooperativa dos Recicladores de Dois Irmãos registra queda no seu faturamento com a venda dos materiais recicláveis devido aos furtos que acontecem junto às lixeiras, antes do caminhão recolher. A apropriação do material acontece durante o dia e em praticamente todos os bairros. Entre as pessoas que pegam o produto estão moradores de Dois Irmãos e também de outras cidades.

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Os responsáveis pela cooperativa pedem a colaboração da comunidade para coibir os furtos. “Nossa orientação é que as pessoas não deixem o lixo esperando nas lixeiras. Que coloquem mais próximo do horário que o caminhão vai passar e nunca nos finais de semana. Acreditamos que é preciso eliminar os compradores clandestinos”. A população pode denunciar na Secretaria de Serviços Urbanos, ou acionar Brigada Militar. Contato da cooperativa (51) 99997-2814.

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38 famílias

Atualmente são 38 famílias de cooperados que dependem do material coletado nas ruas para ter sua fonte de renda. De acordo com o presidente Roberto Araújo da Silveira e o tesoureiro Fábio Rodrigo Bamberg, são recolhidas cerca de 17,5 toneladas de material por dia. Isso totaliza de 140 a 150 toneladas coletadas a cada mês e que são levadas para a cooperativa onde é feita a separação. “Temos contrato com a Prefeitura para a prestação desse serviço. Em outubro vai completar 25 anos dessa parceria. A população precisa denunciar quando ver pessoas furtando o material nas lixeiras. Nos últimos anos tivemos uma redução muito grande na quantidade de material por com valor comercial por causa desses coletores irregulares. Muitos rasgam as sacolas para pegar as latinhas de alumínio, garrafas pet, plástico e papelão. Depois quando a gente vai colocar no caminhão cai tudo no chão”.

Máquina de beneficiamento de plástico. (foto: Rogério Savian).

Cooperativa é exemplo

A Cooperativa de Dois Irmãos é referência nacional no trabalho que desenvolve há quase duas décadas e meia. De 23 a 25% do material que chega é aproveitado. O restante vai para o aterro, em São Leopoldo. Ela recebe em média 1.000 visitantes a cada ano, de diversas partes do Estado e do País, que vão conhecer o modelo implantado. O que tem contribuído para manter a geração de renda é o beneficiamento do plástico, feito ali desde 2015. Isso gera valor agregado ao produto. Atualmente cerca de 70% do lixo é separado pela população.

Plástico beneficiado agrega valor ao produto. (foto: Rogério Savian)

Situação difícil

“Esses furtos desmotivam a gente de trabalhar. Cada vez vem menos material para vender, vamos ter que dispensar pessoas. Se continuar assim, a cooperativa corre o risco de se perder. Aqui todos são cooperados. Ninguém tem vínculo empregatício. Não temos feriado, 13º e FGTS. Temos custo com manutenção de máquinas. Por isso precisamos desse dinheiro”. A Prefeitura oferece o caminhão e motoristas.

Roberto e Fábio pedem a colaboração da comunidade. (foto: Rogério Savian)

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