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Júri da noiva que encomendou morte de bancário estanciense é marcado
Estância Velha – A Justiça marcou para a metade do ano que vem o julgamento da mulher acusada de encomendar a morte do noivo, o bancário Marcelo Henrique Prade, de 46 anos na época do crime.
Integrante de uma tradicional família de Estância Velha, Prade foi assassinado em maio de 2012 dentro da sua própria casa, no bairro Nonoai, na Zona Sul de Porto Alegre.
O bancário, que atuava em uma agência do Sicredi da Capital, foi encontrado na sala da residência, com os pés e mão amarrados, com os olhos vendados e a boca amordaçada.
Um das pessoas que será julgada é a psicóloga Lisiane Rocha Menna Barreto, 36 anos, noiva do bancário que, segundo a polícia, encomendou a sua morte para colocar a mão em um seguro de vida no valor de R$ 2 milhões.
Lisiane foi presa pelo crime cinco meses após, mas acabou sendo solta duas semanas depois. A noiva chegou a ser presa uma segunda vez, no dia 11 de janeiro de 2013, quando a Polícia Civil conseguiu novas provas da sua relação com a morte do bancário. Contudo, obteve novo habeas corpus para responder em liberdade.
O tio de Lisiane, José Vilmar dos Santos da Rocha, também é réu no caso. Ele foi o responsável por contratar criminosos para fazer o “serviço”.
Júri será nove dias após o crime completar oito anos
Conforme previsão da 3ª Vara do Juri do Foro Central de Porto Alegre, o caso será julgado nove dias após o crime completar oito anos.
O júri popular está marcado para acontecer dia 12 de maio do ano que vêm, no Foro Central da Capital. A morte de Prade ocorreu em 3 de maio de 2012.
Além de Lisiane e do tio, foram denunciados por envolvimento no caso outras três pessoas: Elisandro Rocha Castro da Silva, Julio Cesar Azevedo dos Reis Junior e Jorge Augusto da Silva Brum, que morreu em 2016 e teve extinta a punibilidade.
Conforme a polícia, Marcelo foi morto por José Vilmar dos Santos da Rocha e por Elisandro Rocha Castro da Silva. Os dois asfixiaram o estanciense.
Lisiane e o tio planejaram o crime para parecer um latrocínio. A morte de Marcelo aconteceu após ele retornar de uma viagem de negócio que havia feito para Osasco, em São Paulo.
Irmão do gerente da Corsan estanciense
Marcelo Henrique Prade era filho do presidente honorário do Lions, Elmo Prade, e irmão do atual gerente local da Corsan, Marco Prade. A família ainda era formada por Nair Prade (mãe) e pela irmã, Márcia Prade.
Marcelo era coordenador de produtos do Sicredi e tinha formação em Contabilidade, com pós-graduação em Finanças. O corpo dele foi velado e enterrado em Estância Velha.