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Médico de Herval orienta que as pessoas devem pegar sol e se exercitar durante isolamento
Santa Maria do Herval – A primeira notícia ao abrir o jornal, ligar a televisão, rádio ou acessar a internet nas últimas duas semanas é de que temos que ficar em casa e, através do isolamento minimizar a proliferação do Covid-19, o coronavírus. E é fato, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda justamente isso, para que, assim, se diminua a velocidade da propagação do vírus e, também se achate a curva epidêmica.
Os médicos reforçam esse cuidado, mas destacam que ficar em casa não significa ficar recluso entre quatro paredes, sem nem sequer sair pela porta. “Estamos dizendo ‘fiquem em casa’, e com isso muitos não saem mais nem mesmo para pegar sol no seu próprio pátio”, alerta o doutor Enrique Falceto de Barros, que é Médico de Família e Comunidade na Clínica da Família Teewald, em Santa Maria do Herval. “Além disso, o confinamento excessivo pode exacerbar a ansiedade, e descompensar outras patologias de base”, destacou.
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Imunidade
O médico destaca que o sol é importante para manter a boa imunidade e, assim, ficar ainda mais protegido contra o vírus e demais doenças. “Precisamos também caminhar, fazer outras atividades físicas para manter a saúde”, disse, orientando que não é necessário sair na rua para fazer exercícios, eles podem ser feitos dentro de casa. Da mesma forma, não é necessário pegar sol na rua, sendo possível fazê-lo no pátio de casa ou então na varanda.
Através da exposição ao sol, que deve ser feita em horários específicos (antes das 10h e após às 16h), o organismo absorve vitamina D e, com ela, melhora a absorção do cálcio e regula o metabolismo ósseo, além de desempenhar um papel importante ao nível muscular, sistema imunológico e sistema nervoso.
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Todo cuidado, é pouco
De forma geral, a maioria dos idosos tem se conscientizado e se mantido isolado, enquanto que outros ainda permanecem andando nas ruas. O médico destaca que o isolamento é fundamental, pois é a maneira mais eficaz de não contrair o vírus. E, levando em conta que os idosos estão no grupo de risco o alerta é ainda mais severo, tanto para eles como para pessoas com problemas respiratórios, diabetes e hipertensão, pois uma vez que esses são infectados, têm mais chances de desenvolver complicações.
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Em casa, trabalhando e no sol
Tomando todas as precauções necessárias, como manter a distância e usar equipamentos para evitar o contágio, a reportagem esteve na casa do seu Aloísio Backes, um senhor de 94 anos que tem saúde de ferro e que mora no interior de Santa Maria do Herval, na localidade de Padre Eterno Baixo.
Seu Aloísio não estava dentro de casa, mas sim nos fundos, onde estava trabalhando “torcendo” os pés de milho que já estão maduros. “Eu sempre saio de casa, para ir ao bar e ver amigos, mas agora, com esse vírus, não vou mais. Mesmo assim, não estou ficando sempre dentro de casa. Faço minhas coisas aqui no nosso pátio e na roça que tem nos fundos”, disse ele, já estando quase pronto com o serviço do dia, enquanto o sol ia se pondo no horizonte. Ele destacou a importância de se manter isolado, mas reforçou as palavras do doutor Enrique: “Meia misse sund ab grien”, disse ele na língua de imigração alemã, o Hunsrik, que significa “nós precisamos pegar sol”.