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Sobram vagas de emprego e falta mão de obra em Santa Maria do Herval

26/07/2021 - 15h35min

Atualizada em 28/07/2021 - 10h57min

Setor calçadista é o que mais está contratando, acompanhado de construção civil e estofados (FOTO: Cleiton Zimer / arquivo)

Por Cleiton Zimer

Santa Maria do Herval – Há alguns meses pairava o desespero tanto para empregadores quanto para funcionários. A economia desestabilizada diante dos efeitos astronômicos da pandemia levou a muitas demissões, até mesmo aqui em Santa Maria do Herval, que depende do “giro da roda” assim como qualquer outra cidade da região, do país e do mundo.

A incerteza começou a se instaurar no município. Estratégias tiveram que ser refeitas e planos ficaram estagnados. Aguardava-se ansiosamente pelo dia em que tudo voltaria ao normal.

Pois bem, a pandemia ainda está aí. Apesar do avanço da vacinação estamos longe de voltar a normalidade conhecida antes. Mas a notícia que se espalha pelos anúncios da cidade e que reaviva a esperança é que as oportunidades de emprego estão a todo vapor. Quem foi demitido, já foi recontratado – se assim o quis. Atualmente, há falta mão de obra para atender as demandas.

8 de 10 empresas estão contratando

A reportagem entrou em contato com algumas das empresas do Herval para ver como está o cenário na prática. Das dez contatadas, oito estavam com vagas em aberto. As oportunidades são na área calçadista, construção e estofados. Empresas frigoríficas – uma das bases da economia local -não estão selecionando no momento, mas estão com expectativas de abrir contratações nos próximos meses.

Alguns empresários, como Daniel Zimmermann da DHZ Construtura, já adquiriu mais um veículo para ampliar a equipe e pretende comprar outro na virada do mês. Para tanto, precisa de mais funcionários para atender a demanda, o que é justamente uma das grandes dificuldades. “A mão de obra está escassa”, diz.

Se as vagas não são preenchidas pelos moradores do município, o curso natural é que as empresas busquem mão de obra em outras cidades dos arredores. O mesmo já vinha acontecendo há alguns anos. Fábricas de calçados, por exemplo, trazem pessoas de Três Coroas e Igrejinha para suprir a ociosidade.

Abaixo, as empresas contatadas que estão com vagas:

DHZ Construtura – Pedreiro, carpinteiro, ferreiro, servente;

Estofados Rincão (Boa Vista) – Montagem;

Kunzler (Centro) – Costura, preparação e serviços gerais;

Wirth (Centro) – Costura, serviços gerais;

Henrich (Centro) – Corte, costura, montagem;

K&C Calçados (P. E. Baixo) – Costura, preparação;

Antenor (P. E. Ilges) – Costura, preparação;

JLV (Boa Vista) – Costura, preparação, serviços gerais.

 

Diferentes cenários precisam ser analisados

Há, entretanto, diferentes cenários a serem analisados. Existe falta de vontade por parte de alguns. Mas, também, nem todos conseguem, de fato, ir até uma empresa trabalhar. Seja por questões de doenças física ou psicológica, deficiências, dificuldades de locomoção para ir a empresa e levar os filhos para a “creche”, familiares doentes e outras situações adversar que acabam sendo impostas.

O Cras, no Centro, atende algumas dessas pessoas. Os profissionais fazem um trabalho diário de manutenção social sempre visando o desenvolvimento dos integrantes do Centro.

De acordo com a coordenadora Tamara Laux, além das já tradicionais oficinas de desenvolvimento e coordenação motora, estão sendo ampliadas as oficinas de geração de renda que podem trazer retorno financeiro.

Alguns exemplos de trabalho são pesos e placas para portas, por exemplo, que podem ser vendidos e que não tem custo de produção. Também foi ofertado um curso de confeitaria e panificação através da Feevale, cuja formatura foi recentemente.

Para quem tem filhos em casa foi dada a oportunidade de trazê-los juntos, ficamos cuidando enquanto que as mães fazem a oficina”, explica Tamara.

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