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Madrasta de criança acorrentada em barril tinha ONG que cuidava de animais

02/02/2021 - 11h08min

A madrasta da criança de 11 anos que foi resgatada em Campinas (SP), no fim da tarde de sábado (30), após ser encontrada por policiais militares com as mãos e pés acorrentados, dentro de um barril de ferro, em uma casa no Jardim Itatiaia, é considerada uma pessoa “gentil” pelos vizinhos. Ela, inclusive, teria uma ONG que cuidava de animais.

As informações foram repassadas ao UOL. O menino, que afirmou querer apenas um pouco de comida, morava com o pai, a madrasta e filha dela. Os três foram presos. A corporação foi ao local após denúncia de vizinhos e três pessoas foram presas suspeitas pelo crime de tortura.

Segundo o 2º sargento Mike Jason, que acompanhou a ocorrência no sábado, a mulher cuidava de, ao menos, 13 cachorros. “Ela tinha uma ONG, não sei se legalizada, mas cuidava dos cachorros abandonados. Tanto que você via que eles estavam bem tratados, enquanto que, em cima, mantinha uma criança sem comida”, comentou.

Os vizinhos começaram a desconfiar que alguma coisa errada acontecia na casa depois que viram um ‘vulto’ em um buraco numa parede, há cerca de um ano. “A gente sabia que a relação deles com a criança era meio tumultuada, eles reclamavam muito que o menino era hiperativo. Começamos a estranhar quando notamos que o menino não aparecia mais na rua para brincar, como sempre”, contou uma vizinha.

Vizinhos também contaram que a família não costumava ter muito contato, trocar visitas, mas a madrasta do garoto torturado distribuía comida pelo bairro com certa frequência. A criança, que contou ter comido as próprias fezes para não ficar em jejum, foi encontrada acorrentada, em meio a fezes e contou aos policiais que não sabia quanto tempo estava ali.

Texto: aonca.com.br

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