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São Leopoldo: irmãs são presas por uso de atestado médico falso para livrar uma delas da cadeia

14/04/2020 - 19h29min

FOTO: MPRS

São Leopoldo – O Ministério Público ofereceu denúncia contra duas pessoas pela prática, em tese, dos crimes de uso de documento falso e tentativa de fraude processual, uma vez que utilizaram atestado médico falso para subsidiar pedido de revogação de prisão preventiva de uma delas.

O laudo informava que uma presa estaria inserida no grupo de risco para a contaminação do coronavírus, e, diante recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), seria recomendada sua soltura. O Ministério Público pediu ao Judiciário a prisão preventiva das envolvidas – duas irmãs –, que foi concedida. Uma das mulheres, suspeita de ter conseguido o atestado médico falso e entregue ao advogado para justificar o pedido de liberdade da irmã, foi detida na tarde desta terça-feira, em São Leopoldo. A outra continua presa nos autos do processo em que apresentou o documento falso.

As investigações, realizadas pela Promotoria de Justiça Criminal de Canoas, constataram que o documento era falso – o médico que supostamente assina o laudo afirmou que não foi responsável pelo documento, sequer possui CRM ativo no RS e não atua na cidade onde o crime foi cometido.

Segundo a promotora Raquel Marchiori Dias, a prisão preventiva foi solicitada em razão da gravidade dos fatos, já que, aproveitando-se da situação de calamidade pública decretada no Estado. “As acusadas tentaram burlar o sistema judicial, tentando, assim, levar a erro o Poder Judiciário”, afirmou.

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