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Decidido o percentual de aumento dos sapateiros de Dois Irmãos e Morro Reuter

31/08/2022 - 11h23min

Atualizada em 31/08/2022 - 13h00min

Representante do Sindicato dos Sapateiros de Dois Irmãos e Morro Reuter Romeo Schneider. Créditos: Geison Machado Concencia

Geison Machado Concencia

Dois Irmãos – O mês de agosto estava sendo muito aguardado pelos trabalhadores do calçado de Dois Irmãos e Morro Reuter. A data marca as negociações salariais da categoria, além de manutenção de direitos, como pagamento mínimo da inflação, auxílios de creche, transporte e outros benefícios a que a categoria tem direito. Em convenção foi decidido o pagamento do percentual de 10.50%. Esse valor é com base no acumulado da inflação, que fechou em 10.12%, mas em negociações entre as categorias foi fechado para o primeiro valor. Até julho estava em 10.78%, mas com diminuição do ICMS, esse percentual diminuiu. Esse aumento se manteve igual nas demais regiões que também possuem o setor coureiro calçadista.

O representante do sindicato dos sapateiros de Dois Irmãos e Morro Reuter Romeo Schneider comentou da dificuldade de negociação de aumento salarial com uma inflação tão alta. “Tomara que não tenhamos aumento na inflação, pois mesmo com a possibilidade de ganhar mais, a perda que a gente tem ao longo de 12 meses é muito grande,” disse Romeo. O ideal era pela diminuição da inflação. Com ela em baixa, o poder de compra dos trabalhadores não é tão afetado.

Mas os sindicalistas estão apreensivos com o aumento anual da inflação, pois no ano passado fecharam o dissídio em 9.78% e esse ano 10.50%. “Veja bem, é 20% de inflação em dois anos. É muita coisa, não recompõe a perda salarial,” falou Romeo.

Projeção de emprego na região

Segundo o Sindicado de Dois Irmão e Morro Reuter, um levantamento feito em Março de 2021 apontou que os dois municípios tinham 3550 trabalhadores registrados no setor. Esse ano, foram 3600 e a demanda não para de aumentar. A procura por mão de obra está grande, pois há empresas que estão buscando em outras cidades para conseguir produzir nas linhas de produção das fábricas. Mas esse processo é difícil, pois lugares como Novo Hamburgo, Sapiranga, Campo Bom e outras regiões onde o sapato é um gerador de emprego, também estão precisando. Por isso é difícil pessoas de outros lugares trabalharem em outros cidades que não sejam as suas.

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