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Atenção: enfermidade comum em gatos preocupa donos dos felinos em Ivoti
Ivoti – Uma zoonose está infectando muitos gatos no município. Trata-se da esporotricose, uma doença causada por um fungo que faz com que gatos apresentem feridas na pele, não cicatrizando e, podendo avançar para órgãos como pulmão. Os primeiros casos foram detectados pela médica veterinária Ana Paula Frota, em dezembro de 2022. Desde lá, os casos vêm aumentando.
Para identificar o problema, basta observar se o felino apresenta feridas de aparência de “carne viva” e, até mesmo, com a aparência desfigurada. Caso isso ocorra, o animal deve ser levado para um veterinário que tenha conhecimento de clínica médica de cães e de gatos.
O profissional indicará um tratamento apropriado, normalmente, longo, consistindo na administração de antifungos realizados sob orientação de um veterinário. Além disso, quem estiver manuseando o animal, deve ter cuidados, como o uso de luvas e higienização, após dar o tratamento da medicação.
Risco em humanos
Há poucas chances de humanos serem contaminados por esse fungo. Os donos dos animais, ao administrarem a medicação, devem usar luvas e lavar bem mãos e outros materiais que os gatos tiveram contato. E ainda assim, somente pegam se tiverem, também, alguma ferida exposta.
Outros animais também podem ser contaminados por esse fungo, mas, o mais comum, é a transmissão entre gatos e humanos, pelo contato próximo.
O que diz a Prefeitura
De acordo com a Vigilância Sanitária, trata-se de um caso específico, que recebeu o suporte do município. Por ser um animal doméstico, que fica no pátio de uma residência, a tutora é responsável pelo bem-estar do animal.
A tutora recebeu as orientações necessárias sobre a doença e tratamento.
Posteriormente, a Vigilância entrou novamente em contato com a tutora em duas oportunidades para verificar o andamento do caso.
Além disso, o município realizou a notificação do caso ao Estado, por meio do CEVS – Centro Estadual de Vigilância em Saúde.
“O Grupo de Trabalho de Esporotricose do Estado do Rio Grande Sul agradece a notificação, pois é por meio dessa que podemos tomar conhecimento da realidade dessa zoonose. Entretanto, o Estado ainda não prevê um protocolo específico para casos de Esporotricose, mas podemos recomendar algumas medidas de cuidado, considerando o alto risco de transmissão da doença entre felinos e entre felinos e humanos.
Para o controle da doença, preconiza-se que todos os animais permaneçam isolados, sem contato entre si e com animais sadios.
Quanto ao controle ambiental e educação em saúde, a população pode ser orientada sobre a guarda responsável dos felinos, que não devem ter livre acesso à rua e à castração dos mesmos”, informou o CEVS.
Com relação a outros animais, o Executivo informou que foi avisada de apenas um. Mas, destaca que se mais tutores tiverem o diagnóstico da doença em animais, devem entrar em contato com a Prefeitura e realizar a notificação.